1.
Entretanto, Jacó ouviu as palavras dos filhos de Labão, que diziam: Jacó tem levado tudo o que era de nosso pai e adquiriu todas estas riquezas daquilo que era de nosso pai.
3.
Então o SENHOR disse a Jacó: Volta para a terra de teus pais e para teus parentes; e eu serei contigo.
5.
e lhes disse: Vejo que o semblante de vosso pai para comigo não é como anteriormente; mas o Deus de meu pai tem estado comigo.
7.
Mas vosso pai tem me enganado e mudou o meu salário dez vezes; porém Deus não lhe permitiu prejudicar-me.
8.
Quando ele dizia: Os salpicados serão o teu salário; todo o rebanho dava salpicados. E quando ele dizia: Os listrados serão o teu salário; todo o rebanho dava listrados.
10.
Sucedeu que, no tempo em que o rebanho acasalava, levantei os olhos e vi num sonho que os bodes que cobriam o rebanho eram listrados, salpicados e malhados.
12.
O anjo prosseguiu: Levanta os olhos e vê que todos os bodes que cobrem o rebanho são listrados, salpicados e malhados; porque tenho visto tudo o que Labão vem fazendo a ti.
13.
Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna e me fizeste um voto. Portanto, levanta-te, sai desta terra e volta para a terra dos teus parentes.
14.
Então Raquel e Leia lhe responderam: Será que ainda temos parte ou herança na casa de nosso pai?
16.
Toda a riqueza que Deus tirou de nosso pai é nossa e de nossos filhos. Portanto, faze tudo o que Deus te mandou.
18.
e levou todo o seu gado, todos os bens que havia adquirido, o gado que havia adquirido em Padã-Arã, a fim de ir até seu pai Isaque, à terra de Canaã.
21.
e fugiu com tudo o que era seu; então, levantando-se, atravessou o rio e foi em direção às montanhas de Gileade.
23.
Então, levando consigo seus parentes, perseguiu Jacó durante sete dias de jornada; e alcançou-o nas montanhas de Gileade.
24.
Mas Deus apareceu de noite em sonho a Labão, o arameu, e disse-lhe: Cuidado! Não fales a Jacó nada de bem nem mal.
25.
E Labão alcançou Jacó. Este havia armado sua tenda nas montanhas; Labão, juntamente com seus parentes, armou também sua tenda nas montanhas de Gileade.
26.
Então Labão disse a Jacó: Que fizeste? Tu me enganaste e levaste minhas filhas como prisioneiras da espada?
27.
Por que fugiste às escondidas e me enganaste, sem revelar-me nada? Eu te despediria com alegria e com cânticos, ao som de tambores e de harpas.
29.
Está em meu poder fazer-vos o mal, mas o Deus de vosso pai falou-me ontem à noite: Cuidado! Não fales a Jacó nada de bem nem de mal.
30.
Mas já que quiseste ir embora, porque tinhas saudades da casa de teu pai, por que furtaste os meus deuses?
32.
Porém aquele com quem achares os teus deuses não viverá; diante de nossos parentes, verifica se o que é teu está comigo e leva-o contigo. Pois Jacó não sabia que Raquel os havia furtado.
33.
Então Labão entrou na tenda de Jacó, na tenda de Leia e na tenda das duas servas, e não os achou; e, saindo da tenda de Leia, entrou na tenda de Raquel.
34.
Raquel havia pegado os ídolos e posto na sela do camelo, sentando-se em seguida sobre eles. Labão apalpou toda a tenda, mas não os achou.
35.
E ela disse a seu pai: Que a ira nos olhos de meu senhor não se acenda, por não poder me levantar na tua presença, pois estou com o incômodo das mulheres. Assim ele procurou, mas não achou os ídolos.
36.
Então Jacó ficou indignado e discutiu com Labão, dizendo: Qual é a minha transgressão? Qual é o meu pecado, pelo qual tão furiosamente me tens perseguido?
37.
Depois de teres apalpado todos os meus bens, que achaste de todos os bens da tua casa? Põe-no aqui diante de meus parentes e de teus parentes, para que eles julguem entre nós dois.
38.
Estes vinte anos estive contigo; as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca abortaram, e jamais me alimentei dos carneiros do teu rebanho.
39.
Eu não trazia para ti o despedaçado, mas arcava com o prejuízo; de mim exigias tanto o furtado de dia como o furtado de noite.
40.
E assim eu andava; o calor me consumia de dia, e a geada, de noite; e o sono me fugia dos olhos.
41.
Estive vinte anos em tua casa; por tuas duas filhas trabalhei catorze anos para ti, e seis anos por teu rebanho; e dez vezes mudaste o meu salário.
42.
Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão e o Temor de Isaque não fosse por mim, hoje certamente me mandarias embora sem nada. Mas Deus viu a minha aflição e o trabalho das minhas mãos, e repreendeu-te ontem à noite.
43.
Labão respondeu-lhe: Estas filhas são minhas filhas, e estes filhos são meus filhos, e este rebanho é meu rebanho; tudo o que vês é meu. E que farei hoje a estas minhas filhas, ou aos filhos que elas tiveram?
44.
Portanto, vem agora e façamos uma aliança, eu e tu; e que ela sirva de testemunha entre mim e ti.
46.
E disse a seus parentes: Ajuntai pedras. Eles pegaram pedras e fizeram uma pilha; e comeram ali, junto à pilha.
49.
e também Mizpá, porque disse: O SENHOR vigie entre mim e ti, quando estivermos longe um do outro.
50.
Se afligires as minhas filhas, e se tomares outras mulheres além das minhas filhas, embora ninguém esteja conosco, lembra-te de que Deus é testemunha entre mim e ti.
51.
Labão disse ainda a Jacó: Aqui se encontra esta pilha, e aqui está a coluna que levantei entre mim e ti.
52.
Sejam esta pilha e esta coluna testemunhas de que não passarei delas para o teu lado a fim de prejudicar-te, e tu não passarás delas para o meu lado para prejudicar-me.
53.
Que o Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus do pai deles, julgue entre nós. E Jacó jurou pelo Temor de seu pai Isaque.
54.
Então Jacó ofereceu um sacrifício na montanha e convidou seus parentes para comerem; e, depois de comer, passaram a noite na montanha.
55.
Labão levantou-se de manhã cedo, beijou seus filhos e suas filhas e os abençoou; e, partindo, voltou para casa.