Labão faz novo acordo com Jacó Gn 31: 43-55

Labão não cansa de possuir o que não é dele. Mais parece um impostor reivindicando bens que não são dele, dos quais não tem nenhum direito. No entanto, ao propor um pacto, Labão admite ter perdido a casua. Essa aliança era como um pacto de paz de Abraão e Isaque com os filisteus (Gn 21:27; 26:28).

Agora, depois de ter andado em torno de 480 quilômetros e sem ter muito o que fazer; afinal Labão foi impedido pelo anjo do Senhor, não lhe resta muito, a não ser pactuar com Jacó em busca de paz. Aqui temos uma ideia astuta de Labão ao afirmar: “nem bem nem mal”, uma advertência provavelmente se referiria a uma proposta de Labão a Jacó para retornar a Harã ou a qualquer outra reivindicação que Labão pensasse em fazer quanto às propriedades ou a família de Jacó.

É preciso referenciarmos aqui as duas vezes em que Jacó usa a expressão: “O temor de Isaque”, que pode ser traduzido por “o Deus que Isaque Teme”. Alguns ainda preferem “Aquele que atemoriza Isaque”. Não obstante, nada retira de Labão sua verdadeira culpa: Ele não pagou o devido trabalho ao seu trabalhador!

Jacó retorna a sua casa. O símbolo deste ultimo acordo selado sob uma pilha de pedras, uma coluna, na presença de toda sua parentela de que nem um ou o outro, passariam adiante dali (480 quilômetros de onde saíram) para fazer o mal mutuo. Depois do sacrifício, cada qual volta a sua tenda. Na manha seguinte, bem cedo, Labão beija suas filhas e netos, e os despede a Canaã, retornado para casa.

Labão respondeu-lhe: Estas filhas são minhas filhas, e estes filhos são meus filhos, e este rebanho é meu rebanho; tudo o que vês é meu. E que farei hoje a estas minhas filhas, ou aos filhos que elas tiveram?
Portanto, vem agora e façamos uma aliança, eu e tu; e que ela sirva de testemunha entre mim e ti.
Então Jacó pegou uma pedra e levantou-a como coluna.
E disse a seus parentes: Ajuntai pedras. Eles pegaram pedras e fizeram uma pilha; e comeram ali, junto à pilha.
Labão deu-lhe o nome de Jegar-Saaduta, e Jacó deu-lhe o nome de Galeede.
E disse Labão: Esta pilha é hoje testemunha entre mim e ti. Por isso foi chamada Galeede,
e também Mizpá, porque disse: O SENHOR vigie entre mim e ti, quando estivermos longe um do outro.
Se afligires as minhas filhas, e se tomares outras mulheres além das minhas filhas, embora ninguém esteja conosco, lembra-te de que Deus é testemunha entre mim e ti.
Labão disse ainda a Jacó: Aqui se encontra esta pilha, e aqui está a coluna que levantei entre mim e ti.
Sejam esta pilha e esta coluna testemunhas de que não passarei delas para o teu lado a fim de prejudicar-te, e tu não passarás delas para o meu lado para prejudicar-me.
Que o Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus do pai deles, julgue entre nós. E Jacó jurou pelo Temor de seu pai Isaque.
Então Jacó ofereceu um sacrifício na montanha e convidou seus parentes para comerem; e, depois de comer, passaram a noite na montanha.
Labão levantou-se de manhã cedo, beijou seus filhos e suas filhas e os abençoou; e, partindo, voltou para casa.
Jacó também seguiu o seu caminho; e anjos de Deus o encontraram.
Quando Jacó os viu, disse: Este é o exército de Deus. E deu àquele lugar o nome de Maanaim.