Na criação, Deus levou a terra até certo ponto e depois colocou-a nas mãos do homem, para que dela se encarregasse. Ela não fora ainda “ subjugada” nem ainda colocada completamente sob o domínio de Deus. O homem devia apressar este processo. Era seu privilégio e desafio.
Tem sido a tragédia da história do homem que ele pensou que o domínio sobre a natureza, que lhe havia sido dado, era para o seu benefício pessoal. Assim pensando, ele esbanjou os recursos da terra. Agora está começando a perceber que o seu domínio consiste na responsabilidade de ajudar cada aspecto da natureza a atingir o seu alvo mais elevado. Em certo sentido, ele deve jun- tar-se a Deus, na tremenda tarefa de continuar a obra da criação.
Esta imagem de Deus em nós também toma disponível uma comunhão entre o homem e Deus, que não é possível para as outras criaturas. Pertencemos à família de Deus. Embora em Gênesis Deus não ordene adoração, é claro que o homem não pode executar as suas tarefas sem tal comunhão (Jó 35:10,11). O próprio Deus deseja tanto a confiança do homem quanto a sua companhia (Gên. 2e3).
Abençoou. Três vezes Deus abençoa a humanidade, e é esta bênção que capacita a humanidade a efetuar seu duplo destino: procriar a despeito da morte e governar a despeito dos inimigos. e lhes disse. A bênção é singularmente dada à imagem de Deus na forma de discurso direto.
Sejam frutíferos e cresçam em numero; encham a terra e a dominem. À humanidade é dada um duplo mandato cultural: encher a terra e governar a criação como reis benevolentes (Gn 9.2; Sl 8.5-8; Hb 2.5-9).
Gregário de Nissa sobre a imagem de Deus:
Deus criou o homem por nenhum a outra razão além de que Deus é bom... a forma perfeita da bondade está aqui para ser vista tanto trazendo o homem , do nada, à existência, quanto suprindo-o com todas as boas dádivas... A linguagem da Escritura, portanto, expressa concisamente por meio de um a frase com preensível ao afirmar que o homem foi feito "à im agem de Deus", pois isso é o mesmo que dizer que ele fez a natureza hum ana participante de todo o bem; pois se a Divindade é a plenitude do bem... então a imagem encontra sua semelhança como arquétipo ao ser preenchida com todos os bens (Louth, 2001, p. 34).