Toda essa descrição do dia quatro — extremamente modesta do ponto de vista da ciência astronômica, mas ainda assim tão vividamente extraordinária, apesar da economia de palavras.
Podemos, por assim dizer que o autor de Gênesis, nesse relato, estava decidido a estabelecer que esses corpos celestes, poderosos e impressionantes para todo ser humano, não são deuses. E estão tão longe de serem deuses que, nesse relato, comemorando a sabedoria e o poder do trabalho criativo de Deus, sequer são nomeados, para que seus nomes não relembrem os ouvintes/leitores israelitas de que os seus vizinhos os adoravam como deuses.
Sem nome aqui, eles refletem a glória de seu Deus Criador mais brilhantemente. Os luminares são, de fato, as criações de Deus e os seus servos, com tarefas específicas para realizar a pedido de Deus, em beneficio da pequena criação divina — medida em distâncias astronômicas — sobre essa minúscula esfera no meio desse pequeno sistema solar, no limite de nossa galáxia de tamanho médio.
Contudo, o tamanho não mede a importância; por si só, o domínio não merece adoração. O domínio do sol e da lua nos céus, um domínio real apenas do nosso ponto de vista, é designado por seu Criador, assim como o nosso domínio sobre a terra é designado por esse mesmo Criador. Eles não podem abandonar suas tarefas designadas até que Deus os libere.