Agostinho sobre Gn 1.17,18
Todo mundo entende que existe uma grande diferença entre a previsão astrológica e a observação das estrelas com o fenômenos naturais, da maneira que fazem os fazendeiros e marinheiros, quer para verificar áreas geográficas, quer para orientar seu curso em algum lugar. . . Existe uma grande diferença entre esses costumes práticos e as superstições dos homens que estudam as estrelas. . . em um esforço para analisar o desfecho predestinado dos eventos (Louth, 2001, p. 18,19).
O relato babilônico da criação, o Enuma Elish, nem sequer afirma que Marduque criou tudo, e o que ele reivindica para Marduque, Gn 1 nega e corrige. Desse modo não nos resta nada, além de crer na infalibilidade, autoridade e inerrância bíblica de Gn 1,2 e 3.
Para o nosso dia, a reivindicação é igualmente forte, em parte porque o texto não desvia a atenção com detalhes: nada nem ninguém, exceto Deus, é eternamente existente; nada surgiu de maneira espontânea. Deus criou tudo o que existe. O v. 18 termina com o relatório típico da avaliação de Deus sobre o que fizera, seguido pelo refrão: e fo i a tarde e a manhã, o dia quarto (v. 19).