Jesus perante Pilatos e Herodes
Mt 27.1, 2, 11-26; Mc 15.1-15; Jo 18.28-40; 19.1-16
2.
E começaram a acusá-lo, dizendo: Achamos este homem perturbando a nossa nação, proibindo pagar o imposto a César e dizendo ser ele mesmo o Cristo, um rei.
5.
Eles, porém, insistiam ainda mais: Ele coloca o povo em alvoroço e ensina por toda a Judeia, vindo desde a Galileia até aqui.
7.
Quando soube que ele era da jurisdição de Herodes, enviou-o a ele, que também estava em Jerusalém naqueles dias.
8.
Quando Herodes viu Jesus, ficou muito contente, pois desejava vê-lo havia muito tempo, por ter ouvido falar a seu respeito. E esperava vê-lo realizar algum sinal.
11.
Então, com os seus soldados, Herodes tratou-o com desprezo e, zombando dele, vestiu-o com uma roupa resplandecente e o mandou de volta a Pilatos.
14.
E disse-lhes: Vós me apresentastes este homem como agitador do povo; mas, interrogando-o diante de vós, não achei nele culpa alguma naquilo de que o acusais;
22.
Então lhes falou pela terceira vez: Mas que mal ele fez? Não achei nele nenhuma culpa digna de morte. Eu o castigarei e o soltarei em seguida.
23.
Mas eles insistiam aos gritos, pedindo que ele fosse crucificado. E os seus gritos prevaleceram.
25.
e soltou aquele que eles haviam pedido, o que havia sido preso por causa de rebelião e homicídio. E entregou-lhes Jesus em suas mãos.
Jesus a caminho do Gólgota
26.
Quando o levaram dali, pegaram um certo Simão, que era cireneu e vinha do campo, e puseram-lhe a cruz sobre as costas, para que a carregasse atrás de Jesus.
28.
Jesus, porém, virando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, sim, por vós mesmas e por vossos filhos.
29.
Porque virão dias em que se dirá: Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os seios que não amamentaram!
A crucificação
Mt 27.32-56; Mc 15.21-41; Jo 19.17-37
33.
Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram, ele e também os criminosos, um à sua direita e outro à esquerda.
34.
Jesus, porém, dizia: Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem. Então repartiram entre eles as roupas dele, tirando sortes sobre elas.
35.
E o povo estava ali, olhando. E as autoridades o ridicularizavam, dizendo: Salvou os outros, então salve a si mesmo, se é o Cristo, o escolhido de Deus.
39.
Então um dos criminosos crucificados blasfemava dele, dizendo: Tu não és o Cristo? Salva a ti mesmo e a nós.
41.
Nós, na verdade, estamos recebendo com justiça o que nossos atos merecem; mas este homem não fez mal algum.
46.
Então, exclamando em alta voz, Jesus disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, dizendo isso, expirou.
47.
Quando o centurião viu o que havia acontecido, glorificou a Deus, dizendo: É verdade, este homem era justo.
48.
E toda a multidão que havia presenciado isso, vendo o que acontecera, retirou-se lamentando profundamente.
49.
Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o haviam seguido desde a Galileia viam tudo isso de longe.
O sepultamento de Jesus
Mt 27.57-61; Mc 15.42-47; Jo 19.38-42
50.
Certo homem chamado José, natural de Arimateia, cidade dos judeus, membro do Sinédrio, era bom e justo.
53.
Tirando-o da cruz, envolveu-o com um pano de linho e o colocou em um sepulcro escavado na rocha, onde ninguém ainda havia sido posto.
55.
E as mulheres que vieram com ele da Galileia, seguindo José, viram o sepulcro e como o corpo havia sido colocado ali.