2 No sétimo dia, Deus já havia completado a obra que fizera; nesse dia ele descansou de toda a sua obra.

Crisóstomo comenta Gn 2.2

Quando afirmam os que Deus descansou de seu trabalho, as Escrituras nos ensinam que no sétimo dia Ele parou de criar e trazer à existência o que ainda não havia sido formado; contudo, quando Cristo diz: "Meu Pai está trabalhando até agora, e eu também ", Ele revela seu incessante cuidado por nós: Cristo denomina "trabalho" toda a manutenção das coisas criadas, governando-as e mantendo-as ao longo dos tempos. Se assim não fosse, com o tudo poderia subsistir, sem sua mão direcionando todas as coisas visíveis e orientando a raça humana? (Louth, 2001, p. 46).

O sétimo dia. Distinto dos dias prévios, o número deste dia é gravado três vezes, indicando sua significação acima dos demais dias. Deus concluiu. Este é o momento máximo que fica à parte da criação, não seguindo a estrutura dos seis dias prévios.

Nos primeiros seis dias, subjuga-se espaço; no sétimo, santifica-se tempo. Esse dia é abençoado para o refrigério da terra. Ele convoca a humanidade a imitar opadrão de trabalho e descanso do Rei, e assim confessar o senhorio de Deus e sua consagração a ele.

Nesse dia cessam de subjugar a terra. ele descansou. Não se faz nenhuma menção de “tarde e manhã”, talvez porque a ordenança do sábado continue e os humanos sejam exortados a participarem dele (Êx 31.17) e a olharem para o descanso sabático eterno e redentivo (Hb 4.3-11).

Deus precisou descansar?

Ele descansou. Não se faz nenhuma menção de “tarde e manhã”, talvez porque a ordenança do sábado continue e os humanos sejam exortados a participarem dele (Êx 31.17) e a olharem para o descanso sabático eterno e redentivo (Hb 4.3-11).

Quando o escritor diz que Deus des­cansou de toda a obra que fizera, não dá a entender que, exausto de seus esforços, ele se deitou para tirar uma soneca. A fórmula que encerra cada dia (“e foi a tarde e a manhã”) não ocorre em referência ao sétimo dia, como dito acima.

Com discernimento incomum, o escritor do livro de Hebreus conclui, com isto, que o sétimo dia nunca teve fim (4:1-7). Desde a criação Deus tem estado em seu dia de descanso. Pela fé, precisamos nos juntar a ele.

Obvia­ mente, o “descanso de Deus” não signi­fica inatividade, mas uma mudança de atividade. Deus parou de criar, e come­çou as obras de providência. O nosso descanso no céu não serão férias infindá­veis, mas uma ocasião de desafio agra­dável sem fim.