0 nome do segundo rio, Giom, significa “borbulhador”. Sua identidade permanece também desconhecida. Talvez esses dois rios, Pisom e/ou Giom, possam ter sido um ou dois dos afluentes orientais do rio Tigre, que deságuam nele ainda hoje, embora se trate aqui apenas de uma hipótese. Uma coisa é certa: essa não é a fonte de Giom, uma das duas principais fontes de água da antiga cidade de Jerusalém.
Pelas mesmas razões descritas sobre o rio Pisom (v. 11), a tradução percorre está também adequada à palavra sõbêb. Segundo Hamilton: “os rios normalmente fazem curvas e desvios, e dificilmente correm ao redor de terras” (1990, p. 166).
הַסּוֹבֵב
HASOVEV
é o que rodeia
Nos dois versículos (v. 11,13), há a presença dos termos hú ’ hassõbéb no texto hebraico, caracterizando um pronome demonstrativo/ independente, seguido pelo particípio com artigo definido; poderiamos traduzir os dois versículos mais adequadamente, se os mantivermos como orações independentes e sem verbos: Esse [é] aquele que percorre toda a terra de Havilã (v. 11) /Cuxe (v. 13).
כּוּשׁ
KUSH
Na Bíblia, Cuxe geralmente corresponde à Etiópia, incluindo áreas do atual Sudão. Todavia, pelo menos três regiões distintas são identificadas como Cuxe, e duas delas também possuíam Havilá como vizinha. Se estivermos corretos a respeito da Mesopotâmia como cenário para o Éden, devemos caracterizar Cuxe como a região onde viviam os Cassitas, dos relatos gregos e acádios.
Por todo o período do Antigo Testamento, os Cassitas habitavam as terras do leste do rio Tigre e a região central do Eufrates. Se pudéssemos identificar esse Giom atualmente, ele provavelmente se situaria a leste do Tigre; o rio Kerkha seria uma hipótese (Hamilton, 1990, p. 170, n.13, citando Tigay).