31 E Deus viu tudo quanto fizera, e era muito bom. E foram-se a tarde e a manhã, o sexto dia.

Essa é a avaliação conclusiva de Deus acerca de tudo o que [Deus] havia feito , como um distintivo das avaliações (geralmente diárias) parciais prévias. Agora que tudo estava terminado, Deus declarou não apenas bom, em suas muitas partes e sistemas, mas muito bom, como um todo.

Essa palavra final funciona como uma avaliação somativa geral de toda a boa criação de Deus sobre esta boa terra, conforme veio intocada da mente, coração e mão do Criador. Com essa avaliação positiva, foram encerrados os seus dias da obra criativa.

A avaliação de Deus: muito bom deve ser usado como uma refutação forte do Gnosticismo em todas as suas formas. A matéria não é má, mas muito boa. Deus não é um demiurgo inferior, sem importância e até mau, um meio deus (conforme ensinou Marcião), mas o Fazedor transcendente, portanto, o Senhor soberano de tudo o que há. Tal distinção está no cerne da diferença entre a revelação de Deus — a base da teologia e da filosofia compreensíveis, geralmente conhecidas hoje como a herança judaico-cristã — e de todas as outras religiões e sistemas filosóficos (distintas quanto à moral e à ética).

John Wesley sobre Gn 1.31

Foi bom . . . pois é tudo agradável à m ente do criador. Bom, pois corresponde ao fim da sua criação. Bom, pois é útil para o homem, a quem Deus designou com o o senhor da criação visível. Bom, porque tudo é para a glória de Deus; toda a criação visível é uma demonstração do ser e das perfeições de Deus... Agora, tudo fora feito, todas as partes eram boas, mas todas juntas, muito boas (W esley, 1975, p. 9).