A cura de um leproso
Mc 1.40-45; Lc 5.12-14
1.
Quando Jesus desceu do monte, grandes multidões o seguiam.
2.
Então veio um leproso e, ajoelhando-se, disse: Senhor, se quiseres, podes purificar-me.
3.
Jesus estendeu a mão e o tocou, dizendo: Quero; sê purificado. No mesmo instante ele foi purificado da lepra.
4.
Então Jesus lhe disse: Olha, não contes isso a ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés estipulou, para que lhes sirva de testemunho.
O centurião de Cafarnaum
Lc 7.1-10
5.
Assim que Jesus entrou em Cafarnaum, um centurião aproximou-se dele rogando:
6.
Senhor, o meu servo está em casa, deitado, paralítico e sofrendo horrivelmente.
7.
Jesus lhe disse: Eu irei e o curarei.
8.
O centurião, porém, lhe respondeu: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu teto; mas somente dize uma palavra, e o meu servo será curado.
9.
Pois eu também sou homem sujeito à autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele faz.
10.
Ouvindo isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que não encontrei ninguém com tamanha fé em Israel.
11.
Também vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente e se sentarão à mesa de Abraão, Isaque e Jacó, no reino do céu;
12.
mas os cidadãos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.
13.
Então disse Jesus ao centurião: Vai, e te seja feito conforme creste. E naquela mesma hora o seu servo foi curado.
A cura da sogra de Pedro
Mc 1.29-31; Lc 4.38-41
14.
Assim que Jesus entrou na casa de Pedro, viu a sogra deste de cama, com febre.
15.
Ele tocou a sua mão, e a febre a deixou; então ela se levantou e passou a servi-lo.
16.
Ao cair da tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e com a sua palavra ele expulsou os espíritos e curou todos os enfermos;
17.
para que se cumprisse o que havia sido falado pelo profeta Isaías: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças.
Sobre a autorrenúncia
Lc 9.57-62
18.
Quando viu uma multidão ao seu redor, Jesus deu ordem de partir para o outro lado do mar.
19.
E um escriba, aproximando-se, disse-lhe: Mestre, eu te seguirei aonde quer que fores.
20.
Jesus lhe respondeu: As raposas têm tocas, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do homem não tem onde descansar a cabeça.
21.
E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite que antes eu vá sepultar meu pai.
22.
Jesus, porém, respondeu-lhe: Segue-me e deixa os mortos sepultarem seus próprios mortos.
Jesus acalma a tempestade
Mc 4.35-41; Lc 8.22-25
23.
Depois que entrou no barco, seus discípulos o seguiram.
24.
E levantou-se no mar tão grande tempestade, que o barco estava sendo coberto pelas ondas; Jesus, porém, estava dormindo.
25.
Os discípulos se aproximaram e o despertaram, dizendo: Salva-nos, Senhor! Vamos morrer.
26.
Ele lhes respondeu: Por que temeis, homens de pequena fé? Então Jesus se levantou e repreendeu os ventos e o mar, e houve grande calmaria.
27.
E aqueles homens se admiraram, dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?
Os endemoninhados gadarenos
Mc 5.1-20; Lc 8.26-39
28.
Quando Jesus chegou ao outro lado do mar, à terra dos gadarenos, dois endemoninhados foram ao seu encontro, vindos dos sepulcros. Eles eram tão perigosos que ninguém podia passar por aquele caminho.
29.
E gritaram: Que temos nós contigo, Filho de Deus? Vieste aqui nos atormentar antes do tempo devido?
30.
A alguma distância deles, uma grande manada de porcos estava pastando.
31.
E os demônios rogavam-lhe, dizendo: Se nos expulsas, manda-nos entrar naquela manada de porcos.
32.
E Jesus lhes disse: Ide. Então eles saíram e entraram nos porcos; e toda a manada se precipitou pelo despenhadeiro no mar e morreu nas águas.
33.
Os que cuidavam da manada fugiram e, chegando à cidade, divulgaram todas essas coisas e o que acontecera aos endemoninhados.
34.
E toda a cidade saiu ao encontro de Jesus; e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse daquela região.