Veja bem, no horizonte — que é, na verdade o ponto de maior distância que os olhos podem conseguem enxergar antes da curvatura da Terra. O olho humano não consegue enchergar tanto. Se você estiver no topo do Monte Evereste, que tem 8.848 metros de altura, o horizonte estaria a 370 km de distância. Ou seja, sua capacidade de visão ocular é de pouco menos de 400 quilômetros de área horizontal.
A Escolha de Abrão e Ló
Abrão e Ló não estão sobre o Evereste, mas na região de colinas que vão desde Jerusalém e forma uma espécie de baixa (depressão) entre a montanha de Hebron, a sul, e a de Betel, a norte, onde, no momento, Abraão e seu Sobrinho se encontram. Nesse local, os seus cumes não são lá tão elevados, variando não muito mais que 200 metros de altura. Dois anglos podem facilmente ser vistos desse ponto observação:
1) O primeiro na sua parte setentrional, onde esta a depressão que ganha à forma de um planalto. A maioria dos rios da região corre para oeste, em direção à planície costeira, na qual deságuam depois de terem escavado amplos vales através da Sefela. Bem aqui nessa região temos ainda o mais notável desses vales que é o de Aialon. Este sistema hidrográfico teve como consequência proporcionar importantes vias de passagem oeste-leste, que desembocam na baixa de Jerusalém. A paisagem é bela, mas Ló não escolheu.
2) O Segundo anglo é o que entra em questão na retina ocular de Ló, diferente daquele, este, por outro lado, se encontra mais ou menos à mesma latitude que o mar Morto, e constitui a encruzilhada praticamente obrigatória das grandes estradas de leste, notadamente do vale do Jordão, muito mais facilmente acessível por Jerusalém do que por Hebron. Mas eles ainda estão em Betel e, como visto mais cedo, um excelente entroncamento para deslocamentos e desalojações dos clãs. E é bem aqui que Ló faz sua escolha.