Uma corrente Judaica (O Rebe) observa que o Patriarca tomava cuidado para não se iludir com a Beleza de Sara, sua mulher, por ser “Sara” copiosamente linda. Mas como pode uma mulher de idade mediana permanecer assim tão estática em face aos efeitos danosos do tempo? Se “Sara” vive nos dias atuais – seria possível que seu estilo de vida fosse observado no a fim de redirecionar a beleza estética em padrões mais conservadores. Sobre tamanha beleza, Derek Kidner afirma que a chave do problema esta na longevidade de vida dos patriarcas que é aproximadamente duas vezes maior que a nossa.
A própria Sara morreu com 127 anos de Idade. Presume-se, portanto, que aos 60 anos, Sara tivesse uma leitura estética de uma bela mulher de 38 - 40 anos de idade. Belezas assim preenchem a historicidade de vários eventos ao longo das épocas. A Tradição informa que Abraão relembra a beleza de sua mulher quando vão passando as margens de uma torrente de água e se depara com o reflexo do rosto de Sara:
“Como ela é atraente” mentaliza o peregrino. As longas viagens não tinham diminuído em nada sua beleza. Ao se aproximar do Egito o Patriarca chama sua mulher e diz: - Sei que és uma mulher bonita e os Egípcios não estão acostumados contemplar tamanha formosura. As mulheres dele são todas de peles escuras, e tu tens uma pele clara. Quando eles te virem dirão: “Esta é tua mulher”, e me matarão, pois não me deixarão que eu te entregue a eles e me deixe viver.
Comentaristas da Torá ainda indicam um plano alternativo de Abraão e Sara: Ele tentaria fazê-la entrar no Egito escondida dentro de um caixote. Mesmo assim, se descobrirem, ela deveria afirmar que pra preservar a vida de sua caravana informaria que era Abraão era seu irmão, e não esposo:
Assim por causa de sua beleza, preservar-me-ão da morte, reitera.