A parábola dos agricultores maus
Mt 21.33-46; Lc 20.9-18
1.
Então Jesus começou a falar-lhes por parábolas: Um homem plantou uma vinha, fez uma cerca ao redor dela, cavou um tanque de espremer uvas e edificou uma torre. Depois arrendou-a a alguns agricultores e saiu de viagem.
5.
Então enviou ainda outro, mas eles o mataram. Também enviou muitos outros, dos quais a uns espancaram e a outros mataram.
6.
E restava-lhe ainda um, o seu filho amado. Então, por último o enviou a eles, dizendo: A meu filho respeitarão.
7.
Mas aqueles agricultores disseram entre si: Este é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa.
12.
Procuraram então prendê-lo, mas temeram a multidão, pois perceberam que havia proferido essa parábola contra eles; e, deixando-o, retiraram-se.
A questão do tributo
Mt 22.15-22; Lc 20.19-26
14.
Aproximando-se, disseram-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e não deixas que ninguém te influencie, porque não julgas pela aparência dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. É correto pagar tributo a César, ou não? Devemos ou não devemos pagar?
15.
Mas, percebendo a hipocrisia deles, Jesus lhes respondeu: Por que me colocais à prova? Trazei-me um denário para que eu o veja.
16.
E eles trouxeram. Jesus lhes perguntou: De quem é esta imagem e inscrição? Eles responderam: De César.
17.
Então Jesus lhes disse: Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E admiravam-se dele.
Os saduceus e a ressurreição
Mt 22.23-33; Lc 20.27-40
19.
Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se um homem morrer, deixando mulher sem filhos, seu irmão deverá casar com a viúva e suscitar descendência ao irmão.
21.
O segundo casou-se com a viúva, e morreu, não deixando descendência. Da mesma forma o terceiro. E assim os sete, e não deixaram descendência.
25.
Ao ressuscitar, os mortos não se casam nem se dão em casamento; pelo contrário, são como os anjos nos céus.
26.
Quanto aos mortos ressuscitarem, não lestes no livro de Moisés, na passagem em que se fala da sarça, como Deus lhe disse: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó?
O primeiro de todos os mandamentos
Mt 22.34-40; Lc 10.25-28
28.
Aproximou-se dele um dos escribas que os ouvira discutir e, percebendo que lhes havia respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o principal de todos os mandamentos?
30.
Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e de todas as forças.
31.
E o segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que esses.
32.
E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre; é verdade que ele é o único Deus, e que além dele não há outro,
33.
e que amá-lo de todo o coração, de todo o entendimento e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios.
34.
Vendo que ele havia respondido com sabedoria, Jesus lhe disse: Não estás longe do reino de Deus. E ninguém mais ousava interrogá-lo.
O Cristo, filho de Davi
Mt 22.41-46; Lc 20.41-44
35.
Enquanto ensinava no templo, Jesus perguntou: Como os escribas podem dizer que o Cristo é filho de Davi?
36.
O próprio Davi falou pelo Espírito Santo: o Senhor disse ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos debaixo dos teus pés.
37.
Se o próprio Davi o chama Senhor, como ele pode ser seu filho? E a grande multidão o ouvia com prazer.
Jesus critica os escribas
Mt 23.1; Lc 11.37-54 e 20.45-47
38.
E Jesus continuava a ensinar, dizendo: Cuidado com os escribas, que gostam de andar com roupas compridas, de ser cumprimentados em público,
40.
Eles devoram as casas das viúvas e, para disfarçar, fazem longas orações. Eles receberão condenação muito maior.
A oferta da viúva pobre
Lc 21.1-4
41.
Jesus sentou-se em frente ao cofre das ofertas e observava como a multidão colocava dinheiro no cofre. Muitos ricos depositavam ali muito dinheiro.
43.
Chamando ele os discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos os que colocaram ofertas no cofre,
44.
porque todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía, todo o seu sustento.