Observamos Jesus deixar claro uma evolução do ministério de João Batista para o d’Ele. Não porque Jesus queria mostrar-se superior, embora o fosse, mas para enfatizar a evolução da manifestação do propósito de Deus e a importância de eles receberem o Espírito Santo.
Era do “batismo nas águas para batismo no espirito humano”. Ora! Se o batismo nas águas era uma imersão... logo o batismo com o Espírito também deveria ser, isto é, nosso espírito deve ficar totalmente imerso no Espírito Santo.
O Espírito Santo veio com quatro ênfases muito forte: converter, transformar, capacitar e fortificar: a)- Sem o Espírito Santo não existe conversão do pecador; b)- Transformar o cristão na imagem moral e metafísica de Cristo; c)- Capacitar a fazer a obra de Deus, e aqui eu digo, a genuína participação ativa na oração ou na ação evangelística para ver os pecadores se rendendo a Cristo; d)- Fortificar para que o cristão continue firme e genuíno.
Isso porque o Espírito Santo se torna Senhor do espírito humano. Veja:
A tradução inglesa de Williams traduz 1Co 3.18 “E todos nós, com o rosto desvendado, porque continuamos a refletir como espelhos o resplendor do Senhor, estamos sendo transformados à sua semelhança, de um grau de esplendor a outro, visto que isso se deriva do Senhor, que é o Espírito”.
Não é fácil perceber em nossas versões que estaríamos brilhando para o mundo, e sim apenas Jesus refletindo para nós. Se analisarmos o contexto veremos que assim como Moisés refletia na sua face e todo o Israel via esse reflexo, assim também o mundo deverá ver em nossa face, os reflexos de Cristo mesmo que eles odeiam tal reflexo.
O Espírito Santo é chamado de Senhor, nessa passagem de II Cor. 3:18, por ser ele o Senhor e o Mestre da vida humana que está sendo transformada segundo a imagem de Cristo, sendo especialmente essa a obra que ele está realizando entre os remidos.
A elevada doutrina da graça ensina que o batismo do Espírito Santo coloca o cristão como uma “nova espécie de seres humanos”. Isso nos faz lembrar as citações de Gênesis [os filhos de Deus vendo que as filhas dos homens... – Gn 6.1-4], sem entrar nos méritos da questão de quem são estes filhos de Deus lá em Gênesis, porém, podemos aqui dizer que uma nova ordem de seres humanos passam a existir e cabe ao indivíduo cristão que não se sinta como parte dessa jornada, uma busca profunda, sincera e de confronto cara a cara com o Senhor. É certo que a expressão é retomada no mundo espiritual como uma divisória bem nítida – depois do Pentecostes o mundo tem tem os filhos de Deus e os filhos dos homens.