4 Enquanto participava de uma refeição com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes.

At 1.4: “estando reunidos com eles” Essa é uma expressão idiomática que significa literalmente “comer juntos ou comer sal juntos”, (reunindo-se, hospedando-se e acampando-se – este último era usado no contexto militar).

Aqui tem mais um significando da comunhão nas refeições mostrando que foi gasto um tempo de qualidade, precioso, saboroso e com longas conversas por vários dias.

O que se confirma nessa comunhão é a fisicalidade comprovada da ressurreição, (até porque de acordo com a tradição judaica os anjos não podiam genuinamente comer alimentos humanos, salvos em alguns casos específicos de manifestações necessárias para provar a relação com o próximo, como fizeram os seres celestiais que comeram na casa de Ló).

At 1.4 "Não saiam de Jerusalém, mas esperem..." Nessas alturas, a ordem que Jesus havia dado para que encontrasse com ele na Galileia já havia acontecido (Mc 16.7), portanto não há nenhuma contradição. A espera em Jerusalém pelo Espírito Santo confere com o Texto Antigo (Is 44.2 e Joel 2.28).

Não é notório que todos estavam em Jerusalém, mas o próprio Jesus os tirou de lá para a Galileia e depois mandou que eles voltassem para Jerusalém – podemos ver atos de disciplinas e de ação apenas no fato de “ir para Jerusalém esperar”, assim a outra profecia de Isaías teria mais literalidade no seu cumprimento: [... "Venham, subamos ao monte do Senhor, ... para que ele nos ensine os seus caminhos, ...". Pois, a lei sairá de Sião, de Jerusalém virá a palavra do Senhor – Is 2.3]. Esse, "Venha e subamos..." dá a entender que eles ficaram sabendo que deveriam ir para lá e esperar alguma coisa do alto - e assim foi.