2 para que não me devorem como um leão e me despedacem, sem que ninguém me socorra.

Para que ele não rasgue minha alma como um leão, .... Ou seja, um de seus perseguidores, o chefe deles; pode ser Saul, a quem o salmista compara a um leão por sua majestade e grandeza, sendo o leão o rei entre os animais; e por sua autoridade, poder e poder, e por sua ira e crueldade, que ele temia; e que, se fosse exercido sobre ele, rasgaria sua alma, ou a si mesmo, em pedaços; arrancaria sua alma de seu corpo e despacharia sua vida.

O mesmo empresto de tal figura de linguagem foi, mais tarde, usada pelo apóstolo Paulo, ao chamar o governador romano, diante de quem ele era e de cujas mãos ele foi libertado, de leão, por seu poder e ferocidade, (2Tm 4:17). Comumentemente Pedro, afirma que nosso adversário, o diabo, chefe de todos os perseguidores, e que instiga outros contra os santos, anda como um leão que ruge, (1Pe: 5 ; 8)

Figuras de linguagens são não só admitidas, mas fortemente usada nesse contexto, mesmo fora do campo religioso. Assim, Homero compara Polifemo a um leão da montanha, que não devora e não deixa nada, nem os intestinos, nem a carne, nem os ossos; e representa primeiro agarrando a criatura com seus dentes fortes, quebrando o pescoço e retirando o sangue e todo o interior. (Is 38:13).

Deus deixa claro que somente Adonai possui o poder de salvar e livrar seu povo das mãos de seus perseguidores. Fica claro, repito, que ninguém pode fazê-lo; especialmente das mãos de alguém como é descrito aqui rasgando e rasgando em pedaços. Como não há Deus além do Senhor, não há salvador além dele: não há salvador temporal nem espiritual, mas ele: a salvação não deve ser esperada de nenhum outro; e se não fosse por ele, os santos devem ser vítimas de seus inimigos.