Todos os escritores dos Salmos conhecem apenas um único local de reunião dos mortos, nas profundezas da terra, onde eles realmente vivem, mas é apenas uma quase vida, porque são isolado da luz deste mundo e, o que é mais lamentável, da luz da presença de Deus. Portanto, o cristão só pode participar desta oração do vs. 5-6 deste salmo e de passagens semelhantes (Sl 30:10; Sl 88: 11-13; Sl 115: 17; Is 38:18.), na medida em que transfere a noção de hades ao de gehenna.

Consideraremos que essa relação do cristianismo com a religião do Antigo Testamento é a relação do Islã com a religião das tribos árabes errantes, que é chamada de "religião de Abraão" (Din Ibrâhim). Eles não conhecem vida depois da morte. Enquanto o Islã tirou do judaísmo posterior e do cristianismo a esperança de uma ressurreição e de uma bênção celestial, mas até então, a idéia de uma ressurreição eterna se desenvolveu progressivamente no conhecimento de Deus.

De fato no inferno, ou na morte, realmente não há lembrança nem louvor a Deus. O medo da morte de Davi, como algo em si mesmo infeliz, também é, de acordo com seu fundamento último, nada mais que o medo de uma morte infeliz. Nessas "dores do inferno", ele está cansado (como em Sl 69: 4) gemendo e enche seu leito em todas as noites com um rio de lágrimas. (Veja o vs seguinte)