As palavras dos conselheiros de Davi que temem por ele agora estão encerradas. E Davi justifica sua confiança em Deus com a qual ele começou sua canção. Deus está sentado entronizado acima de tudo e o que acontece na terra que desanima os de pouca fé. A uma distância infinita acima da terra, e também acima de Jerusalém. Acima da terra estão os céus, e no céu está o trono de Deus, o rei dos reis.
Davi sabe que este templo, este palácio nos céus, é o lugar de onde emite a decisão final de todos os assuntos terrestres, (Hb 2:20; Mic 1: 2). Pois seu trono acima também é o tribunal super-terrestre, (Sl 9: 8; Sl 103: 19). Deus que está sentado sobre ele é o Onisciente e onisciente. Veja que a idéia usado aqui de acordo com seu significado radical, é mostrar um olhar penetrante. Como de quem experimenta metais pelo fogo, de um olhar fixo e penetrante que leva ao fundamento de sua natureza mais íntima. A menção das pálpebras é intencional.
É bem verdade que quando observamos uma coisa de perto ou ponderamos sobre ela, unimos as pálpebras, a fim de que nossa visão possa ser mais concentrada e direta e se tornar, por assim dizer, um raio que penetra no objeto. Assim, os homens estão abertos aos olhos que tudo vêem, aos olhares que tudo procuram: os justos e os injustos.
Ele sabe que nas profundezas de sua alma há uma natureza reta que suportará todas as provações (Sl 17: 3; Jó 23:10), para que Ele o proteja amorosamente, assim como os justos amorosamente depende dEle. E Sua alma odeia (isto é, Ele o odeia com toda a energia de Sua natureza perfeita e essencialmente santa) ao malfeitor e àquele que se deleita na violência dos fortes em relação aos fracos. E quanto mais intenso esse ódio, mais medrosos serão os julgamentos em que ele irrompe.