12 Vendo isso, Pedro disse ao povo: Homens israelitas, por que vos admirais a respeito disso? Por que ficais olhando para nós, como se o tivéssemos feito andar por nosso próprio poder ou religiosidade?

“...como se pelo nosso próprio poder ou piedade...” - Pedro tinha a preocupação de exaltar a Cristo e não permitir que os homens pensassem que eram eles - não queriam chamar a atenção para si mesmo. Só́ Deus pode ser “reverendo” - essa palavra aparece em algumas traduções em Salmos 111.9 “santo e tremendo” ou “santo e reverendo”. Não podemos colocar esse adjetivo em seres humanos, pois somente Deus é digno de ser reverenciado.

“...varões israelitas...” - Nós observamos aqui, Pedro usando um tom conciliador e amigável. Também no v.17 “agora, irmãos, sei que fizestes por ignorância”), diferentemente de seu segundo sermão onde atacou fortemente os judeus chamando-os de assassinos do Filho de Deus.

Ao chama-los de “israelitas” implica o seguinte: Descendentes de Abraão são vários, tais como os:

  • Ismaelitas (de Ismael), os
  • Edomitas (de Esaú gêmeo de Jacó), mas os
  • Israelitas (descendentes de Jacó/Israel) davam a sequência pura da descendência da qual viria o Messias.

Paulo discute isso em Romanos 9. Ou seja, vocês tem a promessa e a promessa chegou para vocês. v.12: “...poder ou piedade...” - Pedro liga o poder à piedade para nos ensinar muitas coisas e a principal é de que todo poder genuíno produz piedade (compaixão pelo sofrimento alheio) e não um senso de autoritarismo.

Devemos observar neste texto DOIS MILAGRES: Primeiro é o milagre da criação de ossos e nervos para fazer o coxo andar e o Segundo é o fato dos apóstolos não reivindicarem para si alguma espécie de glória - Ambos de igual grau de miraculosidade.

É olhando para vários heróis nas Escrituras que desviavam os olhares de si mesmos atribuindo ao Eterno as grandes obras que faziam, como José do Egito, como os relatos de Atos 14.12-15 e tantos outros personagens das Escrituras percebemos que o “Poder genuinamente de Deus produz no vaso humano a humildade e altruísmo, e jamais o orgulho”.