No capitulo quatro, Lucas registrou como os seguidores de Jesus se tornaram objeto de ódio e perseguição por parte de terceiros – Lucas tentava mostrar o motivo não era qualquer coisa que os cristãos tinham feito, mas os judeus religiosos com seu ódio desenfreado.

Lucas desejava que os governantes de Roma entendessem que em nenhum momento os cristãos tinham qualquer intenção politica, sendo que não tinham motivos para encontrar alguma ameaça ou temer a igreja.

Mas antes que o Evangelho de Lucas e o livro de Atos fossem publicados a perseguição por parte dos judeus e também pelos romanos aos líderes da igreja já havia começado, pois, Tiago, Estevão e outros já haviam sido martirizados.

“...capitão do Templo, e os saduceus” Nesta época, 24 grupos de levitas/sacerdotes guardavam o Templo e controlava tudo que acontecia dentro e fora de suas portas, evitando quaisquer confusões para não chamar a atenção das autoridades romanas. Todos estes vinte e quatro grupos possuíam seus capitães que eram revestidos de uma notável autoridade. Havia também o capitão dos capitães (chefe de polícias do Templo) que andava em todos os pontos de verificação e se o responsável pela guarda tivesse dormindo ele podia bater-lhe com o cajado e queimar suas vestes (Mishnah Middot, cap. 1, secção 2) tamanha autoridade que este possuía. Certamente foi este que chamou os saduceus.

O capitão chama os saduceus: Eram duas seitas judaicas principais que governavam a nação de Israel, mesmo que debaixo da tutela das autoridades romanas: A seita dos fariseus que geralmente eram formada por pessoas simples e a seita dos saduceus, que no geral eram poderosos e donos de terras. O Tribunal Superior de Israel (Sinédrio) que jugava as causas civis e religiosas eram composta por esses dois grupos e tinham autoridade para decidir todas estas questões - Daí o problema mostrado no versículo seguinte.

Pedro havia acabado de dizer que "Deus ressuscitou a seu Filho Jesus" (At 3.26) e isso era um problema para os Saduceus, pois estes eram os mesmos que havia subornado os guardas para dizerem que o corpo de Jesus teria sido roubado por seus discípulos.