Leis acerca de fugitivos, prostitutas, dinheiro a juros Dt 23: 15 – 25
Leis acerca de fugitivos, prostitutas, dinheiro a juros. Um escravo não deveria ser devolvido ao dono quando fugitivo. Muitos vem considerando esse caso como se referindo a um servo que deixou um senhor idólatra para que se unisse a Deus e ao seu povo. Doutra sorte, em qualquer outro caso, teria sido uma injustiça abrigar o fugitivo.
Temos casos onde estudiosos demonstram que a Lei de Deus dada por Moisés visa contrastar a atitude diferente dos pagãos neste assunto que era inclusive ilustrada pelo Código de Hamurabi, que decreta a pena de morte para qualquer um que abrigue um escravo fugitivo.
Qualquer pratica de prostituição ou meios de se mercantilizar as custas do prazer é pecado. Em Deuteronômio 23:17 temos as palavras em hebraico são: “qedeshah” (feminino) e “qedesh” (masculino). Estas eram as chamadas prostitutas "sagradas" ligadas a todos os antigos templos pagãos, cujas alegadas casas de culto nada mais eram do que bordéis legalmente autorizados da pior espécie.
Os próprios números envolvidos em tal imoralidade falam eloquentemente da extensão deste mal, havendo nada menos que mil “qedeshah” anexado ao templo de Afrodite, onde se celebrava o “Sexo para Todos” no topo da (Acrópole) de Corinto, capital meridional do Império Romano na Acaia nos dias de Paulo.
Quem eram as sacerdotisas sexuais na Bíblia?
Como estudado, o termo “qedeshah” pertencia a uma classe consagrada e, como tal, era uma expressão concreta e agente da mais insidiosa e poderosa influência. Tal sistema ameaçava a pureza e permanência da religião Santa do Senhor Deus de Israel. O sistema divinizou os órgãos e forças reprodutivas da natureza, e seus devotos adoravam seus símbolos de ídolo em ritos e orgias grosseiramente licenciosos.
A prostituta do templo era investida de santidade como membro da casta religiosa. Os santuários cananeus eram bordéis gigantescos, legalizados sob as sanções da religião. Deus precisa evitar que qualquer contato com esse “nicho” religioso desperte o ímpeto decaídos dos israelitas no tempo da possessão. Além disso, não era apenas nos templos pagãos que essas profissionais religiosas atuavam e realizavam seus negócios – elas estavam por todos os lados.
Vestidas com uniformes característicos, eram livres para ir a qualquer lugar que quisessem, conforme evidenciado pelo caso de Tamar que se disfarçou de “qedeshah” por ocasião do adultério de Judá com ela. Essas mulheres, é claro, foram as evangelistas mais bem-sucedidas das religiões pagãs, sendo também, em simultâneo, seu principal apelo, focado nos instintos básicos e apetites da carne. Coletivamente, eles eram uma força maligna de magnitude quase incrível.
Outro nome aplicado as leis cerimoniais era ainda mais desprezível do que o mencionado; isto é, refiro-me aos “qedesh”- que eram os sodomitas, biblicamente chamados de "cães" como vemos em Deuteronômio 23:18 . Cachorro é aqui um nome repulsivo para um prostituto sagrado masculino. Seu vício antinatural foi o pecado que ultrapassou a misericórdia de Deus e resultou na destruição das antigas cidades de Sodoma e Gomorra.
O aluguel de uma meretriz ou o salário de um cachorro como vemos em Deuteronômio 23:18 foi um dinheiro proibido de ser trazido para "a casa de Deus”. O aluguel de uma prostituta é o que a ela foi pago por tê-la possuído, assim como o preço de um cachorro não é o preço pago pela venda de um cachorro, mas é uma expressão figurativa usada para denotar os ganhos resultantes do sodomismo.
Posso emprestar dinheiro com juros a um irmão?
O assunto foi largamente discutido, assim como pode ser observado em Êxodo 22:25 e Levítico 25: 35-36. Alguns escritores recentes sobre esta lei pensaram que ela proíbe colocar dinheiro a juros. Mas é notável que em ambas as passagens anteriores mencionadas, assim como a de Êxodo e Levítico, percebemos que o empréstimo deve ser feito a um "homem pobre" em "perigo real". Usura em tais casos significa opressão; e assim é provado pelos exemplos dados em Neemias 5: 2-5; Neemias 5: 10-12.
A conexão entre essa exigência e os investimentos modernos não são óbvias, exceto em muito poucos casos. Essa permissão para Israel emprestar dinheiro a estrangeiros definitivamente fez do povo judeu, os banqueiros da raça humana. Durante a Idade Média, quando os judeus, por preconceito, foram proibidos de possuir terras, eles naturalmente se voltaram para o setor bancário, resultando no acúmulo de grandes senhores financeiros.
Logo devemos pensar que o pensamento por trás disso era que um judeu deveria ajudar seu irmão pobre ou necessitado com um empréstimo sem juros, ou com um presente direto – é a melhor forma de compreendermos, sem grandes debates, o intuito de tal preceito.