Israel quer voltar ao Egito mais uma vez Nm 14: 1-12
Israel quer voltar ao Egito mais uma vez. Não poderia ser diferente, Israel quer voltar ao Egito mais uma vez após escutar o relatório dos doze espias; isto é, fora Josué e Calebe. Eles não querem a liberdade provisional do deserto, nem a liberdade existencial de Canaã, preferem a escravidão egípcia! Que desgastante para o Senhor seu Deus e para Moisés; este tem a certeza que os tirou do Egito, mas não tirou o Egito do povo.
O relatório não era um relatório, era uma sentença; pelo menos é assim que vemos Números 14:1: “toda a comunidade levantou a voz e gritou; e o povo chorou naquela noite”. Em quase todos os casos, este povo deu provas deploráveis do estado degradado de suas mentes. Quase sem firmeza mental e quase sem religião, eles não podiam suportar reveses e estavam sempre perdendo o juízo. Eles eram obstinados, presunçosos, pusilânimes, indecisos e inconstantes.
Israel quer outro líder para o lugar de Moisés
Israel manifestou tamanha insolência para com seus generosos líderes, e a pior e vil ingratidão para com Deus mostrando sua profunda degradação e a necessidade absoluta do decreto que impediu aquela geração de entrar na terra prometida. Eles foram punidos pelo desejo de morrer naquele deserto, o julgamento anunciado no relatório que sofreriam, sofreram naturalmente, desgastando-se com o tempo, com o fim dos trinta e oito anos errantes no deserto.
Eles não querem mais a liderança de Moisés; este quer ir em direção a Canaã, conquanto aqueles querem retornar ao Egito. Portanto, pedem imediatamente um novo líder para reconduzi-los ao Egito. A pecaminosidade e loucura insana de sua conduta são quase incríveis. Alguns apontam a tradução para Números 14: 4 como: “Façamos um capitão”. Uma clara renúncia formal da autoridade de Moisés e uma rebelião categórica contra Deus.
Moisés é humilde, profundamente manso, o homem mais manso de toda terra; não fosse isso, não suportaria tal. Como líder que quer o bem de seus liderados se lança ao chão; Arão faz o mesmo como que num estalo repetitivo. Josué e Calebe rasgam suas vestes; maneira natural de condenar a atitude dos demais. Temer o povo dessa terra era des-reitapeitar ao Senhor seu Deus, mas Israel pouco se importava, preferia as cadeias de Faraó.
Uma palavra clássica usada a expressar o cuidado de Deus ao seu povo é: Deus é sua defesa! O termo hebraico צלם tsillam pode também ser sua sombra, uma metáfora altamente expressiva mostrando o cuidado sutil de um Deus que os preservará do forte calor no deserto; agora, Deus, faria o mesmo. A proteção de Deus é assim chamada adiante em Salmos 91: 1; Salmos 121: 5; ver também Isaías 51:16; Isaías 49: 2; Isaías 30: 2.
Em Números 14:10 vemos que a glória do Senhor apareceu; doutra sorte, Moisés e os que com ele estavam, seriam apedrejados. Este aparecimento oportuno da glória Divina evitou que esses fiéis servos de Deus fossem mortos por esta multidão vil e traiçoeira. Mais uma vez Deus pretende matar os israelitas, mas será, novamente impedido pela súplica de Moisés.
Quantas vezes os israelitas quiseram voltar ao Egito
Israel quis voltar ao Egito pela primeira vez em Êx 14:11-12 quando viram Faraó e seus carros na travessia do mar vermelho. Depois, quiseram novamente voltar em Êx 16: 3, quando queixaram por falta de carne; adiante em Êx 17: 3 no incidente das águas amargas de Mara; mais adiante quando próximo de Cades-Barneia, terra fronterissa com o Canaã reclamaram mais uma vez por comida e desejaram voltar ao Egito Nm 11:5-6, até que chegamos aqui, onde mais uma vez essa tendência fustigante denuncia que o Egito deixado os acompanhou em todas as suas jornadas. Nm 14:2