Acerca da mulher prisioneira Dt 21: 10 – 14
Acerca da mulher prisioneira. Os mais diversos comentaristas vem concordando que isso não se aplica as sete nações, das quais é dito (Deuteronômio 20: 1-6), “nada que respire salvarás com vida”. Mas pode muito bem se aplicar ao caso recente das donzelas midianitas (Números 31: 15-18), feitas cativas em grande número e seriam naturalmente reduzidas à escravidão. É claro nesta passagem que elas não podem ser tratadas como concubinas.
Essas mulheres afeiçadas pelos israelitas deveriam ter sua cabeça raspada e suas unhas aparadas. A opinião de Rashi é que o objetivo desta ordem é estragar a beleza do cativo. O cabelo comprido deve ser cortado e as unhas aparadas. Nesse último ponto, os Targums divergem; um considerando que eles devem crescer e o outro a interpretação oposta. Em 2 Samuel 19:24, há dois exemplos do uso da palavra no sentido de atender a pessoa.
A interpretação correta neste lugar depende do propósito para o qual a coisa deveria ser feita. Se a intenção era qualquer tipo de purificação, e os longos cabelos eram considerados um ornamento (como por algumas nações orientais), é mais provável que os cabelos fossem cortados curtos. Sobre o fato de ter que trocar suas vestes, Rashi entende como a bela vestimenta vestida com o propósito de atrair seus captores.
Qualquer que seja a intenção precisa dessas várias instruções, é claro que a lei visa encorajar o casamento legal, e nenhuma outra forma de união. Nesta visão, ele lança uma luz importante sobre o tratamento dos cativos midianitas em Números 31. Logo então temos a despedida da sessão com a fala de Moisés: “Não farás dele mercadoria” – Isso mostra que, em casos comuns, esses cativos seriam vendidos como escravos, sem as restrições impostas à escravidão israelita. (Levítico 25: 44-46) – o simples fato de tê-la humilhado, era o suficiente.