CASA DO TESOURO Quanto a esse verbete, precisamos considerar duas palavras hebraicas: 1. Asamim, “celeiros'’. Palavra que ocorre por duas vezes (Dt 28.8; Pv 3.10). 2. Bet Otsar, "casa do tesouro”. Expressão que figura por quatro vezes (lCr 27.25; 2Cr 11.11; SI 33.7 e Ml 3.10). No capítulo 28 do livro de Deuteronômio encontramos as promessas de bênção, em razão da obediência, e as promessas de castigo, em razão da desobediência do povo de Israel aos preceitos do Senhor. No oitavo versículo desse capítulo lemos que Deus cuidaria de manter cheios os celeiros do povo de Israel, se eles fossem obedientes. Em Provérbios 3, há uma promessa similar, feita aos que honrassem ao Senhor com seus bens e com as primícias de sua renda:... e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares (Pv 3.10). Malaquias acusou os judeus de sua época de estarem roubando a Deus, por não estarem trazendo seus dízimos à “casa do tesouro" de Deus (Ml 3.10). De acordo com muitos eruditos, ele estaria se referindo ao tesouro do templo de Jerusalém. Nos dias de Neemias, o sumo sacerdote e os levitas deveriam receber os dízimos da parte do povo. Então os levitas deveriam levar esses dízimos “às câmaras da casa do tesouro” (Ne 10.38). Nesta última passagem, portanto, parecem estar em vista certos aposentos especiais, onde esses dízimos eram armazenados para uso futuro. Nos dias de Jeremias, Ebede- Meleque, o etíope, foi à casa do rei, “por debaixo da tesouraria”, de onde tomou roupas usadas e trapos, fazendo-os descer ao fundo da cisterna onde se' encontrava Jeremias, que ali havia sido posto por ordem dos príncipes, onde aparece a palavra hebraica otsar, ainda que não a expressão bet otsar, que se referia às câmaras existentes no templo de Jerusalém, e não na casa do rei, posto que algumas versões confundem esses dois lugares diferentes, chamando a ambos de “tesouro”. CASA DOS DEPÓSITOS Estão em foco os armazéns do templo de Jerusalém (ver lCr 26.15; ver também Ne 12.25, que fala em “depósitos das portas”). O termo hebraico assim traduzido significa, literalmente, “coleções”, pelo que alguns pensam que a alusão é ao tesouro guardado no templo, embora a maioria dos eruditos prefira a tradução mais geral de “depósito".