Baal na Bíblia

Baal, foi o nome do principal deus masculino dos fenícios e cartagineses. Frequente pedra de tropeço, seu primeiro contato com os filhos de Israel se dá exatamente na invasão da terra de Canaã.

Não é difícil ver a Bíblia refirir-se a ele como no plural, como baalim. Em algumas ocasiões Baal é identificado como Moloque, deidade dos povos amorreus, que desde por volta de 1 900 a.C., o adoravam.

No mito, Baal é o filho do deus Dagan ou Dagon, outro deus cananeu/semita. Foi este “deus do grão”, que permitiu a Baal ser renascido. Estudiosos creem que o teônimo com cultos ao Sol e com uma variedade de divindades patronais não relacionadas, mas inscrições mostraram que o nome Ba'al.

Nesse fim, percebemos particularmente Baal associado com o deus da tempestade e da fertilidade, deus da agricultura; eis o motivo de Acabe (873–852 a.C) aliançar-se com Etbaal, rei dos sidônios, no fim de buscar ajuda pagã no favorecimento de seu governo.

Significado de Baal na Bíblia

Seu nome no Hebraico quer dizer: "senhor possuidor", mas significados em torno de seu nome podem ser variados. Baal, em hebraico, [בַּעַל] é uma palavra semítica que significa "senhor ou Lorde". Seu significado é relativo a raiz da palavra que quer dizer: "ele governa ou ele possui"... e é exatamente daí, de onde vem o significado literal de senhor ou lorde, e também de marido.

Ba à l בעל

Senhor ou lorde, marido. Procede, igualmente, como dito acima, da raiz primitiva ba ̀al בעל resgatando a idéia de casar, dominar sobre, possuir, ser proprietário, ser senhor (marido) de dominar sobre, e dependendo do grau verbal: (Nifal) ser casado:

  1. proprietário, marido, senhor 1a) proprietário 1b) um marido 1c) cidadãos, habitantes 1d) governantes, senhores 1e) (substantivo de relação usado para caracterizar - ie, mestre dos sonhos) 1f) senhor (usado para deuses estrangeiros)

Como era o Culto a Baal na Bíblia

Os Balaim era estátuas erguidas a Baal, principal elemento de culto. Morros, outeiros, montes e mesmo árvores eram palco desse espetáculo pagão. Uma extença quantidade de sacerdotes gruindo/berrando a exemplo do que ocorreu nos dias de Elias (873–852 a.C).

Queimavam incenso, sacrificavam crianças, dançavam em torno do altar, e, caso suas preces não fossem atendidas, cortavam-se até o sangue jorrar, de forma a conseguir a compaixão de Baal.

De acordo com alguns autores o Baal é um duque, com as sessenta e seis legiões de demônios sob seu comando. O termo “Baal” é usado de várias maneiras no Antigo Testamento, com o significado usual do mestre, ou do proprietário.

Idolatria a Baal entre os israelitas

Os israelitas adoravam como Baal-Peor, isso ocorreu até o tempo de Samuel. Nesse tempo, Baal foi o deus oficial das dez tribos na época de Acabe. Mas não veio a ficar só nisso, também em Judá Baal foi adorado, e seu culto só terminou, conforme a Bíblia, com os rigores do cativeiro na Babilônia.

Havia vários sacerdotes de Baal, de várias classes. Isso pode ser melhor compreendido à luz das Escrituras, onde seu culto é descrito em I Reis 18:28. Tanto é fato que várias cidades de Israel foram patrimoniadas com o nome de Baal: Baal-Gade, Baal-Hammon, Baal-Tamar.

Havia muitas variações, tais como o deus de sol, o deus da fertilidade, e Belzebuth, senhor das moscas ou Baal Hamon. Creu-se, mais tarde, que Baal foi comparado a Satanás ou considerado seu assistente principal.

Na terra de Canaã, houve vários confrontos dos Hebreus contra a adoração do deus Baal. Nos dias dos Juízes, Gideão destrói os altares de Baal e a árvore sagrada pertencente aos Midianitas.

Mais tarde, o profeta Elias, no século IX a.C., condenou o Rei Acabe por adorar Baal, mas ainda assim, antes, tal como hoje, sua influencia vem sendo motivo de tropeço para muitos que servem ao Senhor D-us, Eterno, Criador dos Céus e Terra.