Os descendentes de Jacó no Egito Ex 1:1-14

Os descendentes de Jacó no Egito. Como peregrinos em terra estranha; os filhos de Israel, agora muitos, tantos como areia no mar, tornam-se ameaça a Faraó. A queixa é evidente: “os israelitas se reproduziram e aumentaram muito, multiplicaram-se, tornaram-se muito fortes e encheram aquela terra”. Hipérbole ou não, é fato que os filhos de Israel agora são muitos, e poderosos.

Quando desceram ao Egito, Jacó, com sua família não passavam de “setenta almas”, detalhes facilmente percebidos (Êxodo 1.1-5). Jacó quando retornou à Terra de seus pais, já carregava seus 60 anos (40 anos na ida mais 20 em Padã-Arã), fazendo possível que pai e filho pudessem desfrutar por ainda mais 60 anos. Isaque morre com 180 anos de idade (foi o que mais viveu entre os patriarcas), 10 anos antes de Jacó ir para o Egito a encontrar seu filho José (Gênesis 35.28).

Quantos descendentes de Jacó entraram no Egito?

Entender essa conta é bem simples, visto que Jacó viveu 17 anos no Egito (Gênesis 47.28) e morreu aos 147 anos. Durante sua permanência no Egito, Faraó, o amigo de José, providenciou-lhes a região de Gosén, descrita como a melhor terra do Egito, apropriada para agricultura e à pecuária. Jacó acampou-se ali com 12 filhos, 1 filha, 53 netos, 4 bisnetos, bem como de suas 10 noras – bem aqui temos uma variável, visto que estas, mesmo pertencendo ao clã, não foram contadas em virtude do costume antigo de se contar os descendentes diretos.

Já no livro de Gênesis tínhamos a ideia de tamanho crescimento: “Assim, habitou Israel na terra do Egito, na terra de Gósen, e nela tomaram possessão, e frutificaram, e multiplicaram-se muito.” (Gên. 47.27). O crescimento dos filhos de Israel preocupa o Faraó, com José já morto, o novo mandatário certamente imporá seu governo visando aplacar tamanho crescimento.

Cidades construídas pelos filhos de Israel no Egito

O texto leva crer que os egípcios temiam eventual integração ou aquisição, por isso escravizaram os israelitas, retirando seus privilégios. Os egípcios os forçaram a construir cidades-armazéns em Pitom, Ramessés e Heliópolis (Ex 1:11).

Sem entender ao certo o motivo de tal crescimento, os filhos de Israel mais se multiplicavam enquanto eram escravizados a trabalhos forçados. Trabalhavam de sol a sol na produção de tijolos, trabalhos campais e/ou qualquer outro serviço característico.

Estes são os nomes dos israelitas que entraram no Egito com Jacó, cada um com sua família:
Rúben, Simeão, Levi e Judá;
Issacar, Zebulom e Benjamim;
Dã, Naftali, Gade e Aser.
Todos os descendentes de Jacó eram setenta; José, porém, já estava no Egito.
José morreu, e também todos os seus irmãos, e toda aquela geração.
E os israelitas se reproduziram e aumentaram muito, multiplicaram-se, tornaram-se muito fortes e encheram aquela terra.
Então um novo rei, que não havia conhecido José, levantou-se sobre o Egito.
E disse ao seu povo: O povo de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós.
Vamos agir com astúcia, para que não se multiplique e aconteça que, em caso de guerra, una-se aos nossos inimigos, lute contra nós e vá embora desta terra.
Por isso, colocaram feitores sobre eles, para oprimi-los com trabalhos forçados. Assim, os israelitas construíram para o faraó as cidades armazéns de Pitom e Ramessés.
Todavia, quanto mais os egípcios oprimiam o povo de Israel, mais este se multiplicava e se espalhava; de maneira que os egípcios ficaram com muito medo dos israelitas.
Por isso, os egípcios escravizavam os israelitas com mais rigor;
e assim lhes amarguravam a vida com serviços pesados com barro e com tijolos, e com todo tipo de trabalho no campo; enfim, com todo serviço que eram forçados a fazer.