Os benefícios da obediência 11: 13-25
Os benefícios da obediência. É obrigatório ver nestes versículos que, “a bênção de Deus não é impensada, descabida ou desproporcional, mas depende apenas de uma só atitude: “obediência”. Não apenas o antigo Israel falhou em entender esta verdade vital, mas inúmeros cristãos em todo o mundo hoje considera sua salvação eterna como algo já alcançado e estabelecido por causa de sua reivindicação de ter "fé" em Cristo, relegando "obediência "ao status de algo que ninguém faz e que é, de fato, impossível!
Após notarmos um extenso contraste neste parágrafo da Palestina com o Egito; por onde, no Egito, a agricultura dependia de extensa irrigação, enquanto na Palestina Deus regava a terra com as chuvas anuais. A menção de regar as plantações "com o pé" que já comentamos anteriormente poderia se referir tanto aos dispositivos de bombeamento de água do Nilo "por meio de bombas operadas a pé", ou à canalização da água de irrigação para partes sucessivas de um campo por empilhar pequenos montículos e removê-los com os pés à medida que a irrigação progredia de uma fileira a outra.
O que o Senhor Deus propõe é que a obediência dos israelitas geraria providencia por meio das duas chuvas. A agricultura na Palestina depende atualmente de vastos projetos de irrigação, mas não era assim quando Moisés escreveu isso. O que faria a diferença para os israelitas? A bênção de Deus! Ela é uma bênção sempre dependente da obediência do povo.
A obediência traz as Chuvas: Temporã e Serôdia
Como dito em Deuteronômio 11:14 estas duas chuvas faziam parte da promessa de Deus, "a chuva temporã ... ea chuva serôdia". As primeiras chuvas ocorreram de meados de outubro ao final de dezembro, e as últimas ocorreram em março e abril. Por todo vasto deserto do Neguebe (que compreende quase 60% do território de Israel) formam-se bacias que sustentam essas aguas regando o campo e alimentando rebanhos durante a espera de uma chuva para outra.
A obediência sempre foi um fator preponderante, principalmente com promessas vinculadas a atividade agraria – Israel dependia dessas chuvas. O fracasso de qualquer uma dessas chuvas sazonais foi um impedimento muito sério para a produção das safras. Por outro lado, a generosidade de Deus para com Israel na fertilidade incomum da terra de Canaã naquela época, junto com suas chuvas abundantes em momentos apropriados, pode ser uma fonte de tentação para Israel acreditar que "A fertilidade era devida a Baal, o deus da terra (como nos costumes e crenças dos cananeus).
Não é errado pensar como James Moffatt (Teólogo da Escócia XX) que advertia: "Cuidado para não se deixar enganar! Esses versículos fazem com que as bênçãos agrícolas sejam absolutamente contingentes sobre a bênção do Deus Todo-Poderoso; fato inclusive, esquecido por Israel nos dias de Onri e Acabe, que se aliançou com Baal com prepotentes expectativas. Ainda assim, bastasse obedecer e amar o senhor seu Deus, que Israel plantaria sob as bênçãos da primeira chuva (após a semeadura), e colheria com a chuva serôdia (logo antes da colheita). No nono mês e no primeiro mês, respectivamente. (Esdras 10: 9; Esdras 10:13 e Joel 2:23)
Se obedeceres aos meus mandamentos
“Portanto, guardareis estas minhas palavras”. O comentarista judeu Raschi observa, com certa tristeza, aqui, que eles se lembrariam deles em seu cativeiro, se não antes. O "portanto" no início do versículo é um simples "e", de modo que a passagem pode ser lida em conexão com o que precede: "Vós perecereis rapidamente da boa terra e transmitireis estas minhas palavras aos vossos corações.” Mas as palavras de Deuteronômio 11:21 parecem mostrar que este não é o significado principal - apenas uma aplicação sugerida, como muitas outras aplicações das Escrituras, pelo evento real.
Veja cuidadosamente: - Na terra que o Senhor jurou a vossos pais lhes dar - “Não está escrito aqui 'dar- lhe', mas 'dar-lhes', era uma benção comunitária, extensiva, expansiva – alcançaria todas as Tribos de Israel. E a crença judaica no cumprimento literal dessas promessas a Abraão, Isaque e Jacó, simplesmente com base na palavra de Deus, é um fato inquestionável, independentemente do que se possa pensar a respeito. Deus “não deu a ele (Abraão) nenhuma herança nisso, não, nem mesmo para pôr o pé; ainda assim, Ele prometeu que daria-lhe como uma posse, e para sua semente depois dele, foi o que Deus prometeu... foi o que Fez.
