O casamento de Isaque e Rebeca Gn 24:58–67

Agora nada mais pode impedir Rebeca de estar com Isaque. É curioso mas John H Walton propõe que no mundo antigo não era comum que uma mulher tomasse parte de decisões importantes. Rebeca não foi consultada em relação ao casamento (v.50,51), mas quando o servo pediu para retornar à casa de seu senhor imediatamente, os homens aguardaram a opinião de Rebeca antes de consentirem na partida. Isso porque os contratos de casamento desse período geralmente demonstravam uma grande preocupação com a manutenção da segurança da mulher na família de seu esposo. Mesmo assim os contratos do casamento devem ser validados por Betuel.

Rebeca precisa da aquiescência da família, mas isso não será um problema, o servo vigilante fez questão de levar em mãos, a documentação completa garantindo que Isaque é o legitimo herdeiro das propriedades do pai. Esse argumento por sinal é o primeiro que o servo de Abraão usa perante a família de Rebeca. Bruce K. Waltke desperta ao fato de que Eliezer teria se valido do direito de dar garantias da riqueza da família proponente dando indicativos não só de riqueza sem igual, como também que tamanho patrimônio permanece sob responsabilidades administrativas de Isaque, o legitimo e único herdeiro (24.36); falar isso sem deixar entendido que os filhos de Rebeca seriam os únicos herdeiros pareceu agradar a família ( 24.37 e 29.26-27)

Talvez tenha sido esse o motivo da oração dos familiares de Rebeca. Rogar a Deus para que Rebeca chegasse são e salva no tempo de ver seus filhos era uma boa alternativa pra quem precisa viajar tanto: E abençoaram a Rebeca, e disseram-lhe: Ó nossa irmã, sê tu a mãe de milhares de milhares, e que a tua descendência possua a porta de seus aborrecedores! (24.60).

Rebeca está sendo levada à casa do noivo. Era tempo de festa e alegria. Conforme os registros mais seguros a ideia da noiva entrando na casa do noivo parecia ser social e familiarmente o aspe da relação antes do coito. Isso foi bem reproduzido por Moisés: "E Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a. Assim Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe." (Gênesis 24 : 67). Rei por uma semana, o noivo se comportava assim por pelo menos uma semana. Roupas talares, banquetes, festas e muita dança eram etapas que deveriam ser cumprida pelos anfitriões. A idéia de preservação moral ainda se refletia junto ao véu usado pela noiva durante todo festejo. Só dentro da câmera que ela retirava, só então, na cálida penumbra do ambiente que o esposo via entre sombras o rosto da tão amada e aguardada Rebeca.

Então chamaram Rebeca e lhe perguntaram: Tu irás com este homem? Ela respondeu: Irei.
Então se despediram de sua irmã Rebeca, de sua ama, do servo de Abraão e dos homens que estavam com ele;
e abençoaram Rebeca, dizendo-lhe: Nossa irmã, sê tu a mãe de milhares de milhares, que a tua descendência domine a cidade de seus adversários!
Assim Rebeca se levantou com as suas servas e, montando nos camelos, seguiram o homem; e o servo partiu, levando Rebeca.
Isaque tinha vindo do caminho de Beer-Laai-Roi, pois habitava na terra do Neguebe.
Isaque havia ido ao campo numa tarde para meditar e, levantando os olhos, viu que camelos se aproximavam.
Rebeca também levantou os olhos e, quando viu Isaque, desceu do camelo
e perguntou ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? O servo respondeu: É o meu senhor. Então ela pegou o véu e se cobriu.
E o servo contou a Isaque tudo o que havia feito.
Isaque levou Rebeca para a tenda de Sara, sua mãe; tomou-a, e ela se tornou sua mulher; e ele a amou. Assim Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe.