José interpreta os sonhos: Copeiro e do Padeiro Gn 40:1-23

José interpreta os sonhos: Copeiro e do Padeiro. José, assim como seu pai Jacó, possui diversas experiências com sonhos. Ele era figura central de um proposito maior ainda não entendido por ele mesmo. Ele está exatamente no lugar certo, uma prisão real. Potifar tinha sua prisão especial, a chamada casa prisional do capitão da guarda, foi para lá que o padeiro e o copeiro foram levados cativos. (Gn 40:3)

Um copeiro-chefe era alguém que servia reis em geral. Eles provavam tudo que vinha diante de seus senhores, dando-lhe sua vida em lugar deles, caso alguma bebida estivesse envenenada. Muitos copeiros eram tão próximos de seus reis que logravam mesmo posições politicas. O Padeir-chefe do mesmo modo. Um tratava das bebidas e o outro da comida. Amos participavam da intimidade de Faraó e poderiam desempenhar um papel temível em uma eventual conspiração contra o Faraó.

Mais difícil do que interpretar os sonhos do copeiro e do padeiro, foi a coragem de José em lhe contar seus significados, principalmente ao padeiro: dentro de três dias o faraó irá cortar a tua cabeça, te pendurará num madeiro, e as aves comerão a tua carne. (Gn 40:19). Sonhos sempre foram tidos como importante meio de revelação. No caso de José, temos a providencia de Deus controlando o seu destino. (Gn 41:28). Cada um desses sonhos é a sinalização de Deus de que José não está só e que em breve lograra mercê diante do Senhor.

Ao despedir o copeiro de volta a sua função como previsto por José depois de três dias (Gn 40:13) José pede que o copeiro de Faraó se lembre dele, mas o texto bíblico é contundente: “O copeiro-chefe, porém, não se lembrou de José; pelo contrário, esqueceu-se dele”. (Gn 40:23)

Depois dessas coisas o copeiro do rei do Egito e o seu padeiro cometeram uma ofensa contra o seu senhor, o rei do Egito.
Por causa disso, o faraó indignou-se contra seus dois oficiais, contra o copeiro-chefe e contra o padeiro-chefe;
e mandou detê-los na casa do capitão da guarda, no cárcere onde José estava preso;
e o capitão da guarda colocou-os a cargo de José para que os servisse. Assim ficaram algum tempo detidos.
Aconteceu que o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que estavam presos no cárcere, tiveram um sonho na mesma noite, cada um o seu sonho, cada sonho com a sua interpretação.
Quando José foi até eles pela manhã, viu que estavam perturbados.
Então perguntou a esses oficiais do faraó, que com ele estavam no cárcere da casa de seu senhor: Por que o vosso semblante está tão triste hoje?
Eles responderam: Tivemos um sonho e não há ninguém que o interprete. Mas José lhes disse: As interpretações não pertencem a Deus? Peço-vos que o conteis a mim.
Então o copeiro-chefe contou o seu sonho a José, dizendo-lhe: Em meu sonho havia uma videira diante de mim,
e na videira havia três ramos; e, tendo a videira brotado, suas flores saíam, e os seus cachos davam uvas maduras.
A taça do faraó estava na minha mão; então peguei as uvas e espremi-as na taça do faraó, em cujas mãos entreguei a taça.
Então lhe disse José: Esta é a sua interpretação: Os três ramos são três dias;
dentro de três dias o faraó te elevará de posição e te restaurará ao cargo; servirás a taça do faraó na mão dele, conforme costumavas fazer quando eras seu copeiro.
Mas lembra-te de mim quando estiveres bem; peço-te que tenhas compaixão de mim, falando de mim ao faraó, e tira-me deste cárcere;
porque, na verdade, fui roubado da terra dos hebreus; e aqui também nada fiz para que me pusessem nesta prisão.
Quando o padeiro-chefe viu que a interpretação era boa, disse a José: Eu também sonhei; havia três cestos de pão branco sobre a minha cabeça.
E no cesto mais alto havia delícias de todas as qualidades, feitas pelos padeiros e apreciadas pelo faraó; e as aves os comiam do cesto que estava sobre a minha cabeça.
Então José respondeu: Esta é a interpretação do sonho: Os três cestos são três dias;
dentro de três dias o faraó irá cortar a tua cabeça, te pendurará num madeiro, e as aves comerão a tua carne.
E aconteceu que no terceiro dia, aniversário do faraó, este deu um banquete a todos os seus subordinados; e no meio dos subordinados restaurou a posição do copeiro-chefe e do padeiro-chefe;
e restaurou o copeiro-chefe ao seu cargo de copeiro, e este voltou a servir a taça na mão do faraó;
mas enforcou o padeiro-chefe, a exemplo do que José lhes havia interpretado.
O copeiro-chefe, porém, não se lembrou de José; pelo contrário, esqueceu-se dele.