A pena de açoites Dt 24: 1 – 4

A pena de açoites. É claro que o objetivo desta lei é claramente restringir os espancamentos impiedosos, brutais e muitas vezes fatais infligidos a criminosos em muitas das nações antigas daquela época. Sabemos que ainda hoje práticas selvagens de espancamentos ainda são praticadas em lugares como a China e a Turquia.

Portanto, o objetivo da lei é claramente restringir tais espancamentos, que nunca deveriam exceder 40 açoites, mas observe que esta era a pena máxima, não a penalidade padrão para qualquer delito. Os juízes deveriam atribuir tais punições "por número" (Deuteronômio 25: 2), indicando que penalidades, de cinco, dez, quinze ou até menos listras poderiam ser atribuídas como penalidades; mas não há registro de onde algum juiz judeu tenha atribuído menos do que o máximo.

Quarenta chibatadas (açoites) menos um

Em 2 Coríntios 11:24, Paulo foi punido "cinco vezes" com "quarenta açoites menos um". Além disso, não havia nada que impedisse os juízes sádicos de atribuir penas para dois ou mais crimes a serem administrados simultaneamente, permitindo-lhes espancar os infratores até a morte exatamente como os pagãos ao seu redor. Não se pode deixar de imaginar se Paulo recebeu todas aquelas surras em uma única ocasião:

"Essas surras bárbaras às vezes eram fatais."

O tratado chamado Maccôth, no Talmud, descreve a aplicação da punição em tempos posteriores, quando “dos judeus cinco vezes”. O Talmud interpreta a posição como não sentado, nem em pé, nem exatamente deitado, mas com o corpo inclinado. Diante de seu rosto. —Isso é interpretado como na frente de seu corpo. A aplicação desse castigo era assim: 39 listras foram dadas, 13 em um ombro, 13 no outro e 13 no peito. Quarenta listras.

O Talmud diz que eles consideraram primeiro o que um homem poderia suportar e o açoitaram de acordo com sua estimativa. Em alguns casos, se toda a punição não pudesse ser aplicada de uma vez, ela era dividida. No entanto, é considerado possivelmente fatal. Como vemos, o castigo não era considerado degradação, depois de infligido se mantivesse dentro da ordem das 40 chibatadas.

O boi que debulha o trigo

Por ultimo dentro dessa sessão temos: “Não amordaçarás o boi”. É interessante como esse texto foi utilizado por Paulo algumas vezes, tais como em dois lugares: 1 Coríntios 9: 9 e 1 Timóteo 5:18. Não foi escrito apenas por causa dos bois, mas para provar que o "trabalhador é digno de seu salário"; “Aqueles que pregam o Evangelho devem viver do Evangelho”.

O tipo de debulha de que se fala aqui era: "Os feixes eram espalhados sobre um pedaço de solo duro e batido, a eira, e sobre eles um par de bois arrastava um trenó ou grade de madeira, de aproximadamente 1,3 metros quadrados. O lavrador ficava em cima deste durante o uso; mas os bois não poderiam ser amordaçados, poderiam comer quando quisessem.

Quando algumas pessoas estiverem em conflito e forem a julgamento, o inocente deve ser inocentado, e o culpado deve ser condenado.
E, se o culpado merecer chicotadas, o juiz mandará que ele se deite e seja chicoteado na sua presença, de acordo com a gravidade da sua culpa.
Poderás dar-lhe até quarenta chicotadas, não mais; pois, se recebesse mais do que isso, teu irmão seria humilhado aos teus olhos.
Não amordaçarás a boca do boi quando ele estiver debulhando.