A jumenta de Balaão Nm 22: 21-30

A jumenta de Balaão. Com a autorização em suas mãos, Balaão aparelha sua jumenta com o fim de seguir os chefes de Moabe a encontrar-se com Balaque, eles ainda não haviam se encontrado. Ele deliberada e resolutamente prosseguiu em sua jornada com os mensageiros de Balaque, desafiando as primeiras advertências que havia recebido.

É bom supor que embora Balaão fosse "com os príncipes, ou chefes de Moabe", é claro que as companhias não viajavam juntas, talvez porque os príncipes vieram em camelos e viajaram mais rapidamente. O fato de Balaque vir ao encontro de Balaão torna isso certo. Além disso, é claro que a ira de Deus se acendeu contra Balaão, não no início da jornada, mas depois, pois a presença de vinhas muradas indicava a aproximação da cidade.

Porque? A advertência repetida (Números 22:35) indica que Balaão havia decidido em seu coração que atenderia ao pedido de Balaque e "amaldiçoaria" Israel. Isso desencadeou a ira de Deus. "Porque ele foi" (Números 22:22 ), portanto, tem o significado de "foi com a intenção de desobedecer a Deus".

A jumenta de Balaão vê o anjo do Senhor

Como resposta a indignação por parte de Deus, ele se faz apresentado através de um Anjo com uma Espada Desembainhada perante a jumenta de Balaão que, prontamente, se poe a desviar-se dele, no instante em que o observa. O anjo era visível, em primeira instância, apenas para o asno, burro, ou como mais estamos acostumados, a jumenta.

Doutra-sorte, da mesma maneira, o anjo pode ter sido visível apenas para Balaão, não para aqueles que estavam com ele. O mesmo acontece com a voz: pode ter sido audível apenas para aquele a quem foi dirigida. O anjo era visível, em primeira instância, apenas para a jumenta. Da mesma maneira, o anjo pode ter sido visível apenas para Balaão, não para aqueles que estavam com ele. O mesmo acontece com a voz: pode ter sido audível apenas para aquele a quem foi dirigida.

A jumenta alega trabalhar para Balaão toda sua vida

Antes disso, Balaão se indigna em um conflito com seu próprio animal que se estende entre os (Vs. 24-28) levando a jumenta, além das repreensões, apanhar com o bordão de Balaão. Ironicamente a jumenta alega servi-lo durante toda sua vida. O que temos literalmente é a expressão desde que tu viveste, - isto é, toda a tua vida.

Os Targums de Jônatas e de Jerusalém parafraseiam assim: "sobre os quais cavalgaste desde a tua mocidade até hoje.", foi a fala da jumenta depois de apanhar de Balaão, seu possuidor. É claro que o que temos é a forma irônica usada pelo anjo de contrapor-se a Balaão e sua audácia. Foi aqui... e somente aqui, que Balaão se dá conta da cegueira e reconhece estar falando com o Anjo do Senhor; ele se arrepende e propõe voltar pelo caminho de onde veio, mas agora é tarde:

Mas o anjo do SENHOR disse a Balaã o: Vai com estes homens, mas falarás somente a palavra que eu te disser. E Balaã o prosseguiu com os chefes de Balaque. Nm 22:30

Então, Balaão levantou-se pela manhã, selou sua jumenta e partiu com os chefes de Moabe.
Mas a ira de Deus se acendeu enquanto ele ia, e o anjo do SENHOR se posicionou no caminho como seu adversário. Balaão ia montado em sua jumenta, acompanhado de seus dois servos.
A jumenta viu o anjo do SENHOR parado no caminho com a espada desembainhada na mão. Então, desviando-se, foi pelo campo, mas Balaão bateu na jumenta para fazê-la voltar ao caminho.
Mas o anjo do SENHOR se pôs num caminho apertado entre as vinhas, e havia um muro de um lado e de outro.
E, ao ver o anjo do SENHOR, a jumenta encostou no muro, apertando o pé de Balaão; por isso, ele voltou a bater nela.
Então o anjo do SENHOR seguiu mais adiante e colocou-se num lugar apertado, onde não era possível se desviar nem para a direita nem para a esquerda.
E, ao ver o anjo do SENHOR, a jumenta deitou-se debaixo de Balaão; e a ira de Balaão se acendeu, e ele bateu na jumenta com o bordão.
Nesse momento, o SENHOR abriu a boca da jumenta, e ela perguntou a Balaão: Que foi que te fiz para que me batesses três vezes?
Balaão respondeu à jumenta: Tu zombaste de mim. Se eu tivesse uma espada na mão agora, eu te mataria.
Mas a jumenta disse a Balaão: Por acaso não sou a tua jumenta, em que cavalgaste toda a vida até hoje? Será que tenho o costume de fazer isso contigo? E ele respondeu: Não.