A instituição da Páscoa Êx 1:28

A instituição da Páscoa. A páscoa marcaria a história e a memória de Israel para sempre, era a maneira de tornar vivas “as memórias” de um passado tão distante. Nunca mais Israel esqueceria do episódio de livramento e libertação no Egito. Ainda assim, a partir daqui, esse mês seria o princípio dos meses, o primeiro mês do ano, era o mês de Abibe, nome cananeu cujo significado é “espiga”. Adiante ele se torna “Nisã”, em ambos casos, março-abril (Êx 12:2; Ne 2:1)

Páscoa judaica é a celebração da saída dos hebreus do Egito. A festa pascal, festa da Páscoa, deveria se estender do décimo quarto ao vigésimo dia do mês Nisã-Abibe. Moisés exige dois ritos: a imolação do cordeiro e o pão ázimo.

A proposta da páscoa é literalmente identificar memorialmente a ocasião onde expressão hebraica pesach denota o conceito de “passar adiante“ ou mesmo de “deixar de fora”, como símbolo de que durante a execução da décima praga, o acampamento de Israel seria poupado.

Deus ordenou aos hebreus que assinalassem, com o sangue do cordeiro, as portas das casas de Israel permitindo, ao anjo exterminador, que passasse adiante, atingindo somente as casas dos egípcios e, de modo particular, os primogênitos dos egípcios. (Êxodo, 12,21-34).

Fica claro que Deus pretende sancionar a saída dos filhos de Israel tornando público o festejo da Páscoa, enquanto comemorada por qualquer pessoa, poderiam saber que a Pesach indica a libertação do povo de Israel do domínio egípcio e o início do seu percurso em direção à terra prometida. Hoje a páscoa tem novo significado, não para os Judeus, mas para os cristãos.

Jesus é a nossa Páscoa

Com a grande revelação de Deus por meio de seu filho Jesus Cristo, entendamos ser este o cordeiro pascal. Em Cristo, nossa páscoa, temos o claro sinal da passagem da morte à vida por Jesus e a passagem a uma vida nova para os cristãos. A páscoa de Moisés era exigida a morte de um cordeiro como símbolo de expiação. Esse sacrifico era temporal e passageiro, com validade de apenas um ano, sem qualquer propriedade substitutiva.

No entanto, Jesus Cristo, é o cordeiro pascoal, totalmente substitutivo. Somos hoje libertados do pecado, graças ao sacrifício de Jesus. A Páscoa cristã é dita Páscoa da ressurreição, enquanto a Páscoa judaica é a Páscoa da libertação. Sobretudo não podemos deixar de reconhecer a ligação entre a Páscoa cristã e a Páscoa judaica.

Jesus estabelece a Santa Ceia (eucaristia)

Em todo caso, assim como vimos no Êxodo, e desde então, Jesus mesmo se tornou cumpridor dessa festa. Através da Última Ceia Jesus deu à última ceia, originalmente um jantar da Páscoa judaica, um novo significado, pois ele preparava a si e aos seus discípulos para morte quando durante a ceia no cenáculo. Sem a necessidade do cordeiro, visto que ele é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, dois outros elementos foram identificados: o pão (matzah judaico) e o vinho como sendo seu corpo, que logo seria sacrificado, e seu sangue, que seria derramado. É por sinal a instituição da Ceia do Senhor.

Hoje todo bom cristão sabe que Cristo, que é nossa Páscoa, foi imolado. Todo caráter de sua morte é substituível. Com isso seu sacrifício faz referências ao sacrifício do cordeiro pascal (korban), conceito judaico de que na presença de Deus alguém precisa morrer. É a maneira alegórica que identifica a Jesus como sendo esse legitimo candidato. Ele morre afim de que sejamos poupados.

A Páscoa e a Festa dos Pães Azímos

Conforme vemos aqui, as instruções foram dadas a Moisés e ele as repassou a todo poco. Os requisitos era de que o cordeiro precisava ser imolado a tardinha (Êxodo 12:6), ou seja, no crepúsculo. O anjo passaria a meia-noite, mas pouparia cada casa sob qual, o sangue do cordeiro fosse encontrado aspergido sobre os umbrais das portas. Foi o que aconteceu. Israel deveria comer pãe sem fermentos durante os próximos sete dias, era o estabelecimento da festa dos pães ázimos.

Portanto, celebrareis a festa dos pães sem fermento, porque nesse mesmo dia tirei vossos agrupamentos da terra do Egito. Por isso, guardareis este dia através de todas as vossas gerações como estatuto perpétuo. - Êxodo 12:17

Respondereis: Este é o sacrifício da Páscoa do SENHOR, que passou sobre as casas dos israelitas no Egito, quando feriu de morte os egípcios e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se e adorou. - Êxodo 12:27

O SENHOR falou a Moisés e a Arão na terra do Egito:
Este mês será para vós o princípio dos meses; será o primeiro mês do ano.
Dizei a toda a comunidade de Israel: No décimo dia deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, conforme a família dos pais, um cordeiro para cada família.
Mas, se a família for pequena demais para um cordeiro, deverá comê-lo com o vizinho mais próximo de sua casa, conforme o número de pessoas. Calculareis o cordeiro conforme a porção adequada para cada um.
O animal será um macho de um ano, sem defeito. Podereis tomar um cordeiro ou um cabrito.
E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês. Então, reunida, toda a comunidade de Israel o matará, ao entardecer.
Depois, pegarão um pouco do sangue e colocarão nos batentes e na viga da porta, nas casas em que tomarem refeição.
E, naquela noite, comerão a carne assada no fogo, com pães sem fermento; sim, a comerão com ervas amargas.
Não o comereis cru, nem cozido em água, mas assado no fogo, junto com a cabeça, as pernas e as vísceras.
Não deverá sobrar nada para a manhã seguinte. O que sobrar até de manhã deverá ser queimado no fogo.
E vós o comereis assim: com vossos cintos na cintura, vossos sapatos nos pés e vosso cajado na mão; e o comereis às pressas. Esta é a Páscoa do SENHOR.
Porque naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei de morte todos os primogênitos na terra do Egito, tanto dos homens como dos animais; e executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR.
Mas o sangue servirá de sinal nas casas em que estiverdes. Se eu vir o sangue, passarei adiante, e não haverá praga entre vós para vos destruir, quando eu ferir a terra do Egito.
E este dia será um memorial. Vós o celebrareis como uma festa ao SENHOR e como estatuto perpétuo através de todas as vossas gerações.
Comereis pães sem fermento durante sete dias. Logo no primeiro dia, tirareis o fermento das vossas casas, pois quem comer pão fermentado, entre o primeiro e o sétimo dia, será exterminado de Israel.
No primeiro e no sétimo dia haverá uma santa convocação. Nesses dias, não se fará nenhum trabalho, a não ser a preparação da comida de cada um. Podereis fazer apenas isso.
Portanto, celebrareis a festa dos pães sem fermento, porque nesse mesmo dia tirei vossos agrupamentos da terra do Egito. Por isso, guardareis este dia através de todas as vossas gerações como estatuto perpétuo.
Comereis pães sem fermento desde o entardecer do dia catorze do primeiro mês até o entardecer do dia vinte e um.
Não haja fermento algum nas vossas casas durante sete dias, pois quem comer pão fermentado será exterminado da comunidade de Israel, tanto o peregrino como o natural da terra.
Não comereis nada fermentado; em todas as vossas habitações comereis pães sem fermento.
Então Moisés chamou todos os anciãos de Israel e disse-lhes: Ide, escolhei os cordeiros segundo as vossas famílias e sacrificai a Páscoa.
Pegareis um ramo de hissopo, o embebereis do sangue que estiver na bacia e marcareis com ele a viga da porta e os dois batentes; mas nenhum de vós sairá da porta de casa até o amanhecer.
Porque o SENHOR passará para ferir de morte os egípcios e, quando vir o sangue na viga da porta e nos batentes, seguirá adiante e não deixará o destruidor entrar em vossas casas para vos ferir.
Observareis isto como estatuto perpétuo para vós e para vossos filhos.
Quando tiverdes entrado na terra que o SENHOR prometeu vos dar, guardareis este ritual.
E quando vossos filhos vos perguntarem: Que significa este ritual?
Respondereis: Este é o sacrifício da Páscoa do SENHOR, que passou sobre as casas dos israelitas no Egito, quando feriu de morte os egípcios e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se e adorou.
E os israelitas saíram e fizeram conforme o SENHOR havia ordenado a Moisés e a Arão.