Ur dos Caldeus, cidade de Abraão
Não há nenhuma dúvida de que Abraão esteve em Ur dos Caldeus; que ali ele morava, ou que fosse um dos celebres entre os caldeus antes de se tornar quem se tornou.
Ainda nos dias de Abrão, por volta de 1950 a.C, Ur dos Caldeus (III) estava perdendo o poder sob pressão do afluxo dos povos semitas do oeste, os amorreus. Foi nesse período que as Cidades-Estados na Baixa Mesopotâmia tornaram-se rivais. A economia e a política ia gradualmente se definhado.
E é aqui que surgem os povos que deixariam aos poucos de ser coadjuvantes na história: Assíria e Babilônia. Em 1900 a.C., a Assíria era governada por uma dinastia acadiana que estabeleceu uma colônia comercial distante, a noroeste da antiga cidade anatoliana de Kanesh, e deu continuidade ao seu senhorio até por volta de 1750 a.C.
Já a Babilônia, sob o comando de Hamurábi, emergiu vitoriosa campanha militar a partir de 1728 – 1686 a.C. Nessa época ela teve que enfrentar os já consolidados Assírios, bem como sua capital Mári. Foi por volta de 1760 a.C que o Rei Hamurábi conquistou e destruiu a cidade.
Isso ocorreu anos depois do chamamento de Abraão em 1943 a.C. Mári vem sendo considerada como uma civilização que foi uma das luzes do mundo antigo. Mas enfim, seus muros caíram e com eles a grande ruína Assíria abre caminho pra mais nova superpotência mundial: Babilônia. O que resta são milhares de achados arqueológicos cobertos de tijolos de barro cru que cobriram alguns prédios com até cinco metros.
Os milhares de inscrições encontradas lançam luz sobre a civilização antiga nos dias de Abraão. Mais isso veremos bem adiante. Mas qual a importância disso?
Muito se tem questionado o grau de relevância disso tudo. Fica difícil de imaginar a possibilidade de olharmos para Abraão sem nos atermos a esses eventos históricos. É como olhar para o espelho e não se enxergar. Abraão é nosso cuidadoso guia turístico. Fica ainda melhor se considerarmos o tempo de sua existência.
Ur dos Caldeus nos dias de Abraão
Um dos mais famosos Arqueólogos Britânicos Leonard Woolley veio a se tornar mundialmente conhecido por realizar inúmeras escavações na região antiga de Ur dos Caldeus.
Woolley afirma que após apuradas e científicas averiguações, conclui-se que o berço natal de Abraão, era mil anos mais antigo que o próprio Egito e mil e quinhentos anos mais velho do que a Grécia. Não nos resta alternativa, salvo apontar Ur dos Caldeus como a mais apurada civilização antiga.
Seu adiantamento espantoso exportou seu progresso por todo o mundo contemporâneo. Inclusive seu trágico final se deu bem depois do de Harã: cidade – rota – destino de Terá. As crises politicas, religiosas e econômicas já estampavam indícios de um desdobramento histórico que colocaria outras superpotências no controle mercantil do mundo.
Temendo não enquadrar-se nesse cenário, a dinastia Terá parte em busca de uma nova rota – um melhor lugar pra sobreviver. Apesar disso, Ur dos Caldeus era uma Cidade-Estado mesopotâmica e seu fim literal ainda estava muito longe disso. Mas Terá não quer – e não vai – correr esse risco.
Durante o século VI a.C. foram realizadas novas edificações em Ur, sob o governo de Nabucodonosor II da Babilónia. O último rei babilônio, Nabonido, fez melhorias no zigurate. A cidade, no entanto, entrou em declínio por volta de 550 a.C. e deixou de ser habitada após 500 a.C., talvez devido a uma seca causada pela mudança no traçado de alguns rios, e ao assoreamento da saída para o golfo Pérsico.
A infância de Abraão em Ur dos Caldeus
Abraão nasceu no ano 2018 a.C, 352 anos depois do grande Dilúvio. A geração dele foi à décima depois de Noé. É bem possível – e já provado pelos apócrifos – que Abraão tivesse tipo contato com a primeira posteridade de Noé.
Pessoalmente acredito; caso contrario, Abraão não renunciaria a tudo em busca do que não conhecia Indícios do verdadeiro Deus corroboravam seu coração mesmo nos dias de sua meninice.
Sob a ordem de Deus, Abraão partiu da sua cidade, Ur, e foi para Harã. Em 1943 a.C, quando Abraão tinha 75 anos de idade, partiu de Harã para a terra de Canaã. “As migrações de Abraão de Ur para Jerusalém [em Canaã] situam-se historicamente na época de Mari”. Esse fato é autenticado pelo arqueólogo italiano Paolo Matthiae.
É exatamente nesse ponto que se torna tão importante tais informações. Termos um vislumbre histórico do Deus que constrói a história por meio dos simples/grandes acontecimentos. Apesar de ainda não saber, Abraão faz parte dessa história. No enredo, ele é o autor principal – só não sabe ainda disso.
Terá, Abrão e Ló partem de Ur dos Caldeus
A família de Abraão liderados por Terá, desemboca para em sua primeira peregrinação: Ur dos Caldeus a Hará. A dinastia de Terá segue avante com Abraão e seu sobrinho Ló, que os acompanha. Como Terá ainda esta vivo, as Escrituras dão nota de que ele toma a iniciativa da viagem até Canaã (Gêneses 11.31). Pelo menos era essa a ideia original.
Saindo de Ur dos Caldeus o destino seria em algum ponto cananeu do território de Canaã. Sobretudo, o fabricante e mercador de ídolos decide parar em Hará; e é bem aqui que Terá não consegue mais administrar o fardo de tamanha jornada... ele desiste de prosseguir.
Terá e Abrão saem de Ur dos Caldeus após morte de Harã
Tem-se concordado que a morte prematura de Harã tenha sido o motivo que levou Terá abandonar Ur dos Caldeus. Joséfo afirma que após o ocorrido, Terá, pai de Abraão, teve aversão a Caldeia, porque la perderá o filho Harã, deixou-a e foi com toda a família para Harã, na Mesopotâmia.
Ele partiu mesmo sobre os efeitos da velhice, já evidenciados em seu pés. Ele migra com um destino maior, sobretudo alguns fatores que veremos adiante podem ter sido causadores da desistência de Terá em prosseguir a viagem quase 1.000 quilômetros a frente do lugar que saiu, e não menos que 800 quilômetros de onde deveria chegar.
As Sagradas Escrituras afirma que eles vieram até Harã e habitaram alí. Depois disso sua morte aos 205 anos é mencionada na mesma cidade (Gêneses 11:31). Harã não era a rota-destino e sim Canaã. Mas o velho já não mais pode suportar o fardo de tão grande jornada. Ele para depois de tanto correr e espera a morte alcança-lo.