Hebraico: vistosa, beleza, amiga Este livro está ligadoao dos Juizes pelas suas primeiras palavras. No cânon judaico faz parte dos Hagiógrafos, sendo o segundo dos cinco Megilote, ou Rolos das Festas, um dos quais era publicamente lido em ocasiões festivas. o de Rute, por causa das suas referências às colheitas, era designado para leitura, na festa de Pentecoste. Tanto na versão dos LXX, como na Vulgata, é colocado logo depois dos Juizes, assim como nas traduções modernas. Não se sabe quem tenha sido o seu autor - todavia, a tradição judaica atribui-o a Samuel. A DATA é incerta - é certo, porém, que foi escrito depois do tempo dos Juizes (1.1), quando certos costumes dos israelitas já eram antiquados, 4.7 (cp com Dt 25.9) - e provavelmente quando a casa de Davi já estava governando israel (4.17 a 22), embora a genealogia seja obra do redator subseqüente. o livro descreve a vida de Rute: era esta uma moabita, que (1) casou com Quiliom, um dos dois filhos de Elimeleque, natural de Belém de Judá, o qual, obrigado pela fome, partira para o país de Moabe, acontecendo isso talvez durante as invasões dos midianitas (Jz 6.1 a 6). Morrendo Elimeleque e os seus filhos, voltou Noemi, sua mulher, para Belém em companhia de Rute. Chegaram no tempo da ceifa - e (2) ia Rute respigar nos campos de Boaz, que era parente de Elimeleque. Tendo sido Boaz amável para com ela, Noemi a ensinou (3) a requerer daquele lavrador o auxílio que lhe devia prestar como seu parente. Boaz compreendeu os direitos de Rute (4), e a protegeu, no reconhecimento das suas responsabilidades. Finalmente, casou Boaz com Rute, nascendo desse casamento obede, que foi avô de Davi. E assim Rute, embora de origem gentílica, veio a ser uma das avós de Jesus Cristo (Mt 1.5,16).