Todos sabem que Tiatira era bem conhecida pela sua indústria de tingimento. A propria Bíblia nos informa sobre uma mulher por nome de Lídia; sobre quem, acreditamos que tivesse uma empresa do gênero. A existência de fabricantes de corante tanto em Tiatira como em Filipos é comprovada por inscrições descobertas por arqueólogos. No caso Lídia, ela poderia ter se mudado por causa do trabalho, quer para cuidar do seu próprio negócio, quer como representante de uma firma de tintureiros tiatirenos. Mais tarde, já em Filipos, Lídia vendia púrpura tíria, quer o corante, quer o vestuário e tecidos tingidos com ele. O corante púrpura era extraído de várias fontes. O mais caro era de certos tipos de moluscos marinhos. Segundo Marcial, poeta romano do Século I, um manto da mais fina púrpura de Tiro, outro centro fabricante dessa substância, chegava a custar 10.000 sestércios, ou 2.500 denários, o equivalente ao salário de 2.500 dias de um trabalhador. É óbvio que essas roupas eram artigos de luxo ao alcance de poucos. Vê-se que Lídia devia viver bem em sentido financeiro. O facto é que ela tinha condições de receber o apóstolo Paulo e seus companheiros, Lucas, Silas, Timóteo e talvez outros.