As atividades de pesca, pecuária e extrativismo também não podem ser esquecidas, devido a sua grande importância econômica. Banhada pelo Mediterrâneo, cortada por rios e possuindo lagos, não é difícil constatar a variedade de peixes e seu papel para o abastecimento interno e até exportação. O apóstolo Pedro era de uma cidade no mar da Galiléia chamada Betsaida, que talvez signifique “Casa do Pescador”. Outra cidade no lago era Magadã, ou Magdala, onde Jesus levou seus discípulos algum tempo depois da ocasião em que andou sobre a água. (Mateus 15:39) Segundo um escritor, o nome grego dessa cidade pode ser traduzido “Vila de Processamento de Peixe”. Era conhecida por suas grandes indústrias de peixe, onde o peixe pescado localmente era secado e salgado — ou colocado em conserva para a produção de um molho que era preservado em potes de barro chamados ânforas. Esses produtos eram embalados e despachados, provavelmente para todo o Israel e até para fora. Portanto, pescar, processar e comercializar peixe era um grande negócio na Galiléia nos dias de Jesus. É fácil achar que isso trazia vantagens econômicas a muitas pessoas da região. No entanto, não era bem isso o que acontecia. A pesca “não era uma mera ‘atividade de iniciativa privada’ como muitos leitores modernos do Novo Testamento talvez pensem”, diz um erudito. Ela fazia parte de uma “atividade regulamentada pelo Estado e lucrativa para a elite”.