A Bíblia divide os peixes em duas espécies: os limpos e os imundos. Estes últimos, que era proibido comer, eram os que não tinham escamas e barbatanas (Lv 11.9 a 12), isto é, todos os répteis aquáticos. Abundava o peixe no rio Nilo, e era um dos gêneros de alimentação do Egito, e por isso a praga de transformação da água em sangue trouxe uma terrível dificuldade (Êx 7.21). o mar da Galiléia é fértil em peixe. A pesca no mar da Galiléia fazia-se principalmente por meio de redes de arrastar, grandes redes flutuantes, que são levadas por um barco, lançadas ao mar, formando depois um círculo (Mt 13.47 a 50). Havia, também, a rede simples, a que se faz referência em Jo 21.8, e que é usada por pescadores caminhando pela água. outra maneira de pescar era por meio de armadilhas de vime. o anzol e a corda também eram empregados na pesca (Jó 41.1 - is 19.8 - Hc 1.15) - e além disso o arpão (Jó 41.7). A indústria da pesca, nas costas do Mediterrâneo, estava quase inteiramente nas mãos dos fenícios de Tiro e de Sidom. Este povo abastecia de peixe a cidade de Jerusalém, devendo ter sido considerável o negócio, porquanto uma das portas da cidade tinha o nome de Porta do Peixe (2 Cr 33.14) - isso faz crer que havia ali um mercado. A famosa passagem de Jó com respeito ao crocodilo, ‘Podes meter-lhe no nariz uma vara de junco? ou furar-lhe as bochechas com um gancho?’ refere-se à prática egípcia de conservar vivo, em reservatórios, o peixe que não era ainda necessário. Atravessava as guelras do peixe um anzol, que estava preso a uma estaca por meio de uma corda de junco. Era proibido aos hebreus prestar culto aos peixes (Dt 4.18), uma forma de idolatria que predominava e ainda se observa no oriente. o uso do peixe nas catacumbas de Roma como símbolo do Cristianismo proveio do fato de formarem as iniciais das palavras gregas para ‘Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador’ uma palavra (iCHTHUS) que significa peixe.