O ‘fino pano de linho’do antigo Egito, universalmente usado naquele país para fazer roupa e envolver os corpos dos mortos, e largamente exportado, era feito das fibras da planta do linho. Uma das pragas do Egito foi a destruição, pela saraiva, das plantações deste vegetal. Um pano tão leve, macio, e asseado, era especialmente apropriado para os vestidos daqueles que tinham a seu cargo os serviços religiosos. Tanto os sacerdotes judaicos, como os do Egito, deviam fazer uso, por lei, de vestidos de linho (Êx 28 - Ez 44.17 a 19). As cortinas do tabernáculo eram do mesmo material e bordadas (Êx 26.1). Samuel e Davi usavam estola de linho (1 Sm 2.18 - 2 Sm 6.14). Seres angélicos foram vistos por Ezequiel e Daniel (Ez 9.2 - Dn 10.5) como que vestidos de linho - e nas visões finais do Apocalipse anjos e santos glorificados aparecem adornados das mesmas emblemáticas vestimentas de pureza (Ap 15.6 - 19.8, 14). No livro dos Provérbios (31.22 a 24) faz-se alusão ao trabalho de fiar e tecer das mulheres judaicas. os mantos finíssimos de linho acham-se, em tempos de corrupção entre aqueles objetos de luxo que as mulheres usavam, e pelo que são censuradas no livro do profeta isaias (3.23). o rico da parábola estava ‘vestido de linho fino’ - e José de Arimatéia prestou ao Salvador a honra de envolver o Seu corpo num lençol de linho, antes de o depositar no túmulo (Lc 16.19 - 23.53).