O título do livro éderivado das duas numerações do povo de israel: a primeira no segundo ano da sua jornada (1 a 4), a outra quando os israelitas estavam junto à terra de Canaã, trinta e oito anos mais tarde (26). Além destes assuntos compreende o livro algumas leis e observâncias (5 a 10.10), bem como vários episódios notáveis, por exemplo, a nomeação dos setenta anciãos (11) - e a expedição dos espias e suas conseqüências (13,14). A jornada dos hebreus prolonga-se então. Segue-se a rebelião de Coré, com os subseqüentes decretos referentes ao sacerdócio (16 a 19). A marcha final pelo deserto é então narrada, descrevendo-se os incidentes da rocha, tocada com a vara, e da serpente de bronze, assim como a visita e as profecias de Balaão (20 a 24). As murmurações e os castigos do povo ocupam uma grande parte dos Números, sendo concluída esta parte do Pentateuco com a conquista de Midiã (31), a divisão do território ao oriente do Jordão (32), a recapitulação das estações do deserto (33), uma exposição dos limites da Terra da Promissão (34), e as deliberações com respeito às cidades de refúgio (35) e ao casamento dos herdeiros (36). o livro de Números, à parte a sua importância histórica, é particularmente valioso pela maneira como descreve o cuidado do Senhor pelo Seu povo, a Sua justiça, e a Sua compaixão. É, também, admiravelmente apresentado o caráter de Moisés, quanto à sua fraqueza e à sua fortaleza moral. As referências do N.T. aos personagens e aos incidentes nos Números compreendem: os nazireus (Nm 6 - Lc 1.15 - At 18.18 - 21.26) - a Páscoa (Nm 9 - Jo 19.36 - 1 Co 5.7) - o maná (Nm 11.4 a 9 - Jo 6.31 a 35, 41 a 58 - Ap 2.17) - a fidelidade de Moisés (Nm 12.7 - Hb 3.5,6) - os prostrados no deserto (Nm 14.16 - 1 Co 10. 5 - Hb 3.8 - Jd 5) - o pecado de Coré (Nm 16 - Jd 11) - a vara de Arão (Nm 17.8 - Hb 9.4) - a disposição a respeito da novilha vermelha (Nm 19 - Hb 9.13) - Balaão (Nm 22.5 - 31.16 - 2 Pe 2.15 - Jd 11 - Ap 2.14). A expressão ‘ovelhas que não têm pastor’ aparece pela primeira vez em Nm 27.17. Compare-se com 1 Rs 22.17 - 2 Cr 18.16 - Ez 34.5 - Zc 10.2 - e no N.T. com Mt 9.36 e Mc 6.34. NUVEM. As terras da Bíblia são geralmente limpas de nuvens - e quando estas aparecem no céu, nota-se isso mais do queem outros países menos ensolarados. A ‘nuvem sem água’ é um provérbio a respeito do homem que promete, mas falta (Pv 16.15 - comp. com Jd 12.) A nuvem é, também, uma figura do que é transitório (Jó 30.15), e da barreira que existe entre o divino e o humano. Em muitas ocasiões simbolizou Deus as Suas manifestações por meio de nuvens (Êx 19.18 - 24.16 - 33.9 - 40.34 a 38 - Dt 4.11 - 2 Sm 22.12 - 1 Rs 8.10 - Ez 1.4).