Mais velha e populosa cidade do antigo império assírio, Nínive foi, no século VII a.C. uma cidade poderosa e temida, contudo de seus monumentos restam poucos vestígios. A área de Nínive, junto ao rio Tigre, na margem oposta à moderna cidade iraquiana de Mossul, foi habitada desde o VII milênio a.C.. Supõe-se que uma cabeça de bronze encontrada nas ruínas da cidade representa o rei Sargão de Acad, que reinou no século XXXIII a.C. Ninive não foi capital do primeiro império assírio, pois só alcançou seu máximo esplendor a partir do reinado de Assurnasirpal II, no século IX a.C. Chegou a ter uma superfície de sete quilômetros quadrados cercados por uma muralha em que se abriam 15 portas monumentais. Um sistema de aquedutos abastecia a cidade. Por volta de 700 a.C., Senaqueribe construiu ali seu famoso palácio, edifício quadrangular com cerca de 200m de lado cujas salas eram cobertas de altos-relevos. Entre as ruínas de Nínive, foi recuperada grande parte da biblioteca do rei, formada por milhares de tábulas escritas em caracteres cuneiformes. Um novo palácio foi construído no século VII a.C., por Assurbanipal. O soberano reuniu outra biblioteca ainda muito maior, de que foram recuperadas mais de vinte mil tábulas. Estava ali reunido todo o saber da época e seu acervo incluía cópias de escritos já então antigos. A maior parte das peças recuperadas das bibliotecas de Senaqueribe e Assurbanipal encontra-se no Museu Britânico, em Londres. No ano de 612, Nínive foi destruída por uma coalizão de babilônios, citas e medas. Sobre suas ruínas não voltou a existir nenhuma cidade importante. “Ora veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim”. (Jn 1.1-2). Na Bíblia: (Gn 10.11-12 / 2Rs 19.36 / Is 37.37 / Jn 1.2; 3.2-7; 4.11 / Na 1.1; 2.8; 3.7 / Sf 2.13 / Lc 11.32).