A missão dos espias Dt 1:18-25
A missão dos espias. Há um relato mais completo de tudo isso em Números 13 e Números 14 que já muito bem pontuamos, além também de apresentar um harmônico entre essas duas passagens aparentemente divergentes. O que temos aqui é simplesmente um resumo que Moisés deu com o fim de noticiar aos propensos herdeiros da terra prometida.
Uma característica desse discurso e de todo o Deuteronômio é que Moisés fala na primeira pessoa o tempo todo. “Naquela época” diz Moisés, ou seja, é a referência após sua partida do Horebe. Isso é, o mesmo que dizer que as exortações dadas em Deuteronômio já haviam sido feitas no caminho do Sinai para Cades-Barnéia.
Um novo aspecto é dado ao envio dos doze espias. Em Números 13: 1, o incidente é apresentado assim: “E falou o Senhor a Moisés, dizendo: Envia homens.” No entanto, aqui, aprendemos ui que a proposta em primeira instância partiu do povo. Moisés naturalmente se referia a Javé; e, quando aprovado, o esquema foi executado.
Era para os espias esquadrinhar a terra e nos fazer saber por que caminho devemos subir e por quais cidades iriam; no entanto, em Deuteronômio 1:33 fica claro que o Senhor “entrou no caminho diante deles para procurar um lugar” para eles acamparem. Mas aqui os espias e Israel se propuseram a tomar a direção de sua marcha em suas próprias mãos. É notável que nas campanhas de Josué, nenhum passo foi dado sem a direção divina.
Deste modo, isto é, o envio dos doze espias, à luz a que o povo pretendia, foi um ato de incredulidade. “Nisto (Deuteronômio 1:32) não crestes no Senhor vosso Deus.”