Os judeus estabeleceram muitos jejuns, e, em certa época, tinham quatro jejuns anuais, evidentemente para assinalar os eventos calamitosos associados com o sítio e a desolação de Jerusalém no sétimo século AEC. (Za 8:19) Os quatro jejuns anuais eram: (1) “O jejum do quarto mês” comemorava, pelo que parece, a brecha nos muros de Jerusalém aberta pelos babilônios, em 9 de tamuz de 607 AEC. (2Rs 25:2-4; Je 52:5-7) (2) Foi no quinto mês judaico, ab, que o templo foi destruído, e, evidentemente, “o jejum do quinto mês” era celebrado como lembrete deste evento. (2Rs 25:8, 9; Je 52:12, 13) (3) “O jejum do sétimo mês”, pelo que parece, era celebrado como triste recordação da morte de Gedalias, ou da completa desolação da terra, que se seguiu ao assassínio de Gedalias, quando os judeus remanescentes, com medo dos babilônios, desceram ao Egito. (2Rs 25:22-26) (4) “O jejum do décimo mês” pode ter estado ligado aos judeus exilados já em Babilônia, ao receberem a triste notícia de que Jerusalém tinha caído (veja Ez 33:21), ou pode ter comemorado o início do sítio bem-sucedido contra Jerusalém, por Nabucodonosor, no décimo dia daquele mês, em 609 AEC. — 2Rs 25:1; Je 39:1; 52:4.