Sob a Lei mosaica referente a cadáveres havia graus diferentes de impureza: tocar num animal morto tornava a pessoa impura apenas por um dia; tocar num homem morto resultava em impureza durante uma semana. No primeiro caso, exigia-se da pessoa apenas lavar as vestes, ou caso tivesse comido um animal que morrera por si só ou que fora dilacerado por um animal selvagem, então tinha de banhar-se, além de lavar as vestes. (Le 5:2; 11:8, 24, 27, 31, 39, 40; 17:15) A mesma injunção era imposta aos sacerdotes, com a ordem adicional de que, se comessem algo santo enquanto num estado impuro, eles deviam ser mortos. — Le 22:3-8. Para quem tocasse num cadáver humano, era necessário realizar uma cerimônia de purificação mais complexa. Para este fim, preparavam-se fora do acampamento cinzas por abater uma vaca vermelha. O sacerdote espargia um pouco do sangue da vaca sete vezes em direção à tenda de reunião. A vaca inteira (couro, carne, sangue e excrementos) era então queimada, e a lenha de cedro, o hissopo e as fibras carmíneas eram lançados no fogo. As cinzas eram guardadas e usadas “para a água da purificação”, a qual, no terceiro e no sétimo dia, era espargida para a purificação daquele que tocou no cadáver humano. Ao fim dos sete dias, ele devia lavar suas vestes e banhar-se, e então era declarado limpo. — Núm 19:1-13.