חֲוִילָה

CHAVYLÅH

Chaviylah חוילה provavelmente procedente de chiyl חיל chuwl ou חול e pode ser traduzido por: Havilá “círculo”

1) Uma terra ‘circundada’ pelo Píson, um dos quatro rios que se dividiam do rio que saía do Éden. É adicionalmente identificada como terra de ouro bom, bdélio e pedra de ônix. (Gên 2:10-12) Visto que o rio Píson não é mais identificável, continua incerta a localização da terra de Havilá.

2) Segundo Gênesis 25:18, os ismaelitas “passaram a residir desde Havilá, perto de Sur, que está defronte do Egito, até a Assíria”. Isto exigiria que Havilá, ou pelo menos parte dela, se estendesse até a península do Sinai ou perto dela, onde provavelmente se encontrava o ermo de Sur. (Veja SUR.)

O texto evidentemente mostra que os ismaelitas nômades vagueavam desde a península do Sinai através da Arábia setentrional até a Mesopotâmia. De modo similar, quando o Rei Saul golpeou os amalequitas “desde Havilá até Sur, que está defronte do Egito” (1Sa 15:7), parece que a expressão “desde Havilá” indica uma parte, provavelmente o canto NO, da península da Arábia como representando um dos limites do território em que os amalequitas se concentravam, ao passo que o ermo de Sur, na península do Sinai, representava o outro limite, ou, conforme expresso em The Interpreter’s Dictionary of the Bible (O Dicionário Bíblico do Intérprete), “desde o interior desértico do N do Nejd árabe até a região ao N da moderna Suez, no Egito”. (Editado por G. A. Buttrick, 1962, Vol. 1, p. 101) De modo que parece que abrangia pelo menos a parte NO da península da Arábia e talvez duma região muito maior.

3) Filho de Cus, filho de Cã. (Gên 10:6, 7) Muitos peritos consideram que o nome Havilá, neste texto, também representa uma região, e que o nome talvez passasse a ser aplicado à região povoada pelos descendentes deste filho de Cus. Visto que a maioria dos descendentes de Cus parece ter migrado para a África e para a Arábia, após a dispersão em Babel (Gên 11:9), geralmente se sugere que os descendentes do Havilá cusita devem ser relacionados com a região chamada Haulan em antigas inscrições sabéias.

Esta região se encontrava na costa SO da Arábia, ao N do atual Iêmen. Além disso, alguns sugerem que, no decorrer do tempo, migrantes desta tribo cruzaram o mar Vermelho para a região agora conhecida como Djibuti e Somália, na África, possivelmente preservando-se ali o nome antigo no dos aualis. (A Dictionary of the Bible [Dicionário da Bíblia], editado por J. Hastings, 1903, Vol. II, p. 311) É igualmente possível que a migração tenha ocorrido na direção inversa, isto é, da África para a Arábia. O estreito do mar Vermelho chamado Bab el-Mandeb, que separa a Arábia de Djibuti, na África, tem apenas uns 30 km de largura.

4) Filho de Joctã e descendente de Sem através de Arpaxade. (Gên 10:22-29) Os nomes de certos outros dos filhos de Joctã, tais como Hazarmavete e Ofir, evidentemente estão relacionados com regiões na Arábia meridional. De modo que parece provável que o Havilá semítico e seus descendentes também se tenham estabelecido na Arábia, embora não necessariamente no S.

Alguns o colocariam na região idêntica à do Havilá cusita; mas a mera correspondência dos nomes dificilmente constitui base para se presumir que, apesar das suas diferenças etnológicas, ambos se tenham deslocado para a mesma região. Embora a evidência que relaciona o Havilá cusita com a região no SO da Arábia conhecida como Haulan não seja conclusiva, possibilitando assim a ligação de Haulan com o Havilá semítico, a associação de Haulan com a África e sua proximidade da Etiópia (a terra de Cus) parece favorecer sua vinculação com o Havilá cusita.

Nesta base, parece provável que o Havilá que descendeu de Sem ocupava um território mais ao N da Arábia, talvez fornecendo o motivo do nome da terra mencionada na primeira opção.