O termo em hebraico serve para significar forte e rápido vôo, e geralmente se usa para designar pequenas aves de presa. o gavião acha-se mencionado entre as aves imundas, que a lei proibia que se comessem (Lv 11.16 e Dt 14.15). Aquelas palavras (Jó 39.26) ‘ou é pela tua inteligência que voa o falcão, estendendo as suas asas para o sul?’ referem-se claramente aos instintos errantes da maior parte de certas aves que se vêem na Palestina, e que procuram as regiões quentes do sul quando se aproxima o inverno. outras procedem de modo contrário, buscando as regiões do norte para fugirem das zonas ardentes. o milhano encarnado é desta ordem. o esmerilhão, de pernas vermelhas, e o gavião do Levante, são visitantes da Palestina no estio, e voam para as terras do sul no fim desta estação. No Egito, uma espécie destas aves, pelo menos, era de tanta consideração e tão sagrada, que matar uma delas, mesmo acidentalmente, era julgado crime de morte. Eram aves consagradas a Horus, o deus Sol - e vem a propósito dizer-se que as divindades solares acham-se representadas nas suas estátuas como tendo cabeça de gavião. A ligação do sol com o gavião é proveniente de supor-se que esta ave podia contemplar o ardente sol sem sofrer coisa alguma.