Os filisteus foram um povo que ocupou a costa sudoeste de Canaã, com seu território nomeado como Filístia em contextos posteriores. Teoriza-se que eles se originaram entre os povos do mar. A arqueologia moderna também sugeriu os primeiros laços culturais com o mundo micênico na Grécia. Apesar de eles terem adotado a língua e a cultura local cananeia antes de deixar quaisquer textos escritos (e posteriormente adotarem a língua Aramaica), uma origem indo-européia tem sido sugerida para um grande número de palavras filisteias conhecidas que sobreviveram como estrangeirismos em hebraico. A primeira notícia que se tem sobre os filisteus surge de relatos Egípcios sobre os Povos do Mar, isto é, levas de migrantes que vieram por mar para o atual Egito. As crônicas egípcias registram que, entre estes povos, encontravam-se os filisteus (peleset), mas havia ainda outros. Esses povos do mar, após várias batalhas marítimas, foram derrotados pelos egípcios sob o comando de Ramsés III. Por fim, foram obrigados a buscar terras mais a leste na região costeira onde era a Palestina para se fixarem. Lá, fundaram cinco cidades: Asdode, Ascalão, Ecrom, Gaza e, a maior delas, Gate. Durante o período em que viveram nesta região, conhecida como a Pentápolis Filisteia, quase sempre estiveram em guerra com seus inimigos hebreus; dos quais, aliás, são oriundas a maioria das informações sobre aquele povo. Pesquisas atuais revelam o elevado grau de sofisticação na produção de artefatos de metal e de outros materiais deste povo. Graças a seu avançado estágio de trabalho em metalurgia, quase sempre quando os Filisteus iam a guerra contra os Hebreus, seus exércitos eram vitoriosos.