Algumas das festas, entre os judeus, achavam-se associadas com as periódicas fases da Lua e com as diversas estações do ano, como, por exemplo, a Lua Nova, os Sábados, e as três grandes festas anuais de peregrinação, isto é, a Páscoa com a festa dos Pães Asmos, a festa de Pentecoste, e a festa dos Tabernáculos. A Páscoa era no dia quatorze do primeiro mês, seguindo-se imediatamente a festa dos Pães Asmos, que começava no dia 15 e durava sete dias. A festa de Pentecoste celebrava-se no 50º dia, a contar do dia 16 do primeiro mês - e a festa dos Tabernáculos, que durava sete dias, começava no dia 15 do sétimo mês. o primeiro mês, conhecido pelo nome de abibe, corresponde em parte ao nosso abril. A festa dos Pães Asmos coincidia com o princípio da colheita do trigo, e a festa de Pentecoste marcava o seu fim, ao passo que a festa dos Tabernáculos era na sua essência uma festa de vindima. Com respeito às particularidades destas festas, vejam-se os respectivos artigos. Todas as pessoas do sexo masculino deviam assistir aos serviços do santuário por ocasião destas três grandes festas (Êx 23.14 a 17 - 34.23 - Dt 16.16), e era-lhes expressamente proibido irem com as mãos vazias. os salmos 120 a 134 podem ser considerados como o Livro de Hinos do Peregrino. A concorrência de judeus, vindos de todas as partes do mundo a Jerusalém, para a celebração das três grandes festas, especialmente da de Pentecoste (At 2.9) era enorme, excedendo algumas vezes dois milhões. Entre as festividades que foram instituídas depois da volta do cativeiro, deve ser mencionada a festa de Purim (Et 9.21), em memória de ter sido libertado o povo judaico das maquinações de Hamã.