צְבָאָם

TSËVÅÅM

Transliteração: TSVAA Tradução: exército. Essa foi a expressão usada pelo autor de Gn, mas outra expressão frequentemente usada pode ser a de baixo.

אגף

AGGAPH

Provavelmente procedente de nagaph נגף (com a idéia de estar prestes a acontecer), traduzido siginifica:

  1. tropas (de um exército), bando, exército, hordas. Uma outra abordagem ao referir-se sobre as inúmeras obras do projeto criativo são resumidas na frase: e tudo o que neles há. Dessa forma **exercito aqui refere-se a tudo o que pertence e faz parte deles. O que antes (v. 2) era um deserto ou vazio (tõhâ vãvõhu) está agora repleto de tudo o que neles há, ou seja, com todas as entidades criadas e descritas pelo autor na narrativa desse período.

Exército no Sentido Militar

Durante o Êxodo, todo homem, de idade superior a vinte anos era soldado (Nm 1.3), sendo isentos do serviço militar somente os sacerdotes e os levitas (Nm 2.33). Cada tribo formava um regimento, com a sua própria bandeira e o seu próprio chefe (Nm 2.2 - 10.14). Quando estava próximo o inimigo, era feito o alistamento de todos os combatentes. Alguns destes podiam ser dispensados do serviço em determinados casos (Dt 20.5 a 8).

O exército era, então, dividido em milhares e centenas, sob o comando dos seus respectivos capitães (Nm 31.14 - 1 Sm 8.12 - 2 Rs 1.9). Depois da entrada dos israelitas na terra de Canaã e depois de disperso o povo por todo o país, podiam os combatentes ser chamados na excitação do momento por uma trombeta (Jz 3.27), ou por mensageiros (Jz 6.35), ou por algum significativo sinal (1 Sm 11.7), ou, como em tempos posteriores, pelo arvorar de um estandarte (is 18.3 - Jr 4.21 - 51.27), ou ainda por meio de uma fogueira sobre algum lugar eminente (Jr 6.1).

Exército de Saul e Davi

Escoltava o rei um certo número de guerreiros, que formavam o núcleo do exército. A guarda de Saul era de 3.000 guerreiros escolhidos (1 Sm 13.2 - 14.52 - 24.2) - e Davi tinha 600, que ele, com o correr do tempo foi aumentando (2 Sm 15.18). Mais tarde organizou uma milícia nacional, dividida em doze regimentos, tendo cada um destes o nome dos diferentes meses do ano (1 Cr 27.1). À frente do exército, quando estava em serviço ativo, punha o rei um comandante chefe (1 Sm 14.50).

Até esta ocasião o exército constava inteiramente de infantaria, mas como as relações com os povos estranhos aumentavam, muita importância foi dada aos carros de guerra. Estes não eram de grande utilidade na própria Palestina, devido a ser muito acidentado o país, mas podiam ser empregados com vantagem nas fronteiras, tanto do lado do Egito, como da banda da Síria.

Davi pôs de reserva cem carros, do despojo dos sírios (2 Sm 8.4) - Salomão tornou muito maior esse armamento, e aplicou-o à proteção das povoações da raia, sendo para esse fim estabelecidas estações em diferentes localidades (1 Rs 9.19). Essa força foi aumentada até ao número de 1.400 carros e 12.000 cavaleiros. Para cada carro eram destinados três cavalos, ficando o terceiro de reserva (1 Rs 10.26 - 2 Cr 1.14).

Os diversos postos do exército eram os soldados (homens de guerra), os tenentes (servidores), os capitães (príncipes), os oficiais do estado-maior, e os oficiais de cavalaria (1 Rs 9.22). As operações de guerra começavam geralmente na primavera, depois de solenemente se pedir a Deus a Sua proteção. Os sacerdotes levavam a arca e acompanhavam os combatentes com o fim de infundir coragem e prestar qualquer auxílio. Eles também influiam na qualidade de arautos e de diplomatas, tanto antes como depois da guerra (Nm 10.8 - Dt 20.2 a 4 - 1 Sm 7.9). os judeus, como guerreiros, eram terríveis combatentes, gostando de aproximar-se do inimigo, e levá-lo à luta de corpo a corpo. Precipitavam-se sobre o adversário, dando altos gritos e tocando trombetas. Mostravam, também, grande astúcia na guerra, preparando emboscadas e efetuando ataques noturnos.

Os feitos de valor eram generosamente recompensados. Antes do estabelecimento de um exército permanente, tinha o soldado de prover a sua própria armadura, e pela força ou outros meios devia obter o seu alimento. Mais tarde tornou-se o exército um encargo nacional, embora os soldados não recebessem soldo.

Exército Romano

O exército romano pode ser descrito nesta maneira esquemática: Uma centúria = 50 a 100 homens, Duas centúrias = 1 manípulo, Três manípulos = 1 coorte, Dez coortes = 1 legião. Segue-se que havia sessenta centúrias numa legião, cada uma das quais era comandada por um centurião. Primitivamente constava a centúria, como o nome dá a conhecer, de cem homens, mas depois variava o número segundo a força da legião.

No Novo Testamento acha-se mencionada ‘a legião’ (Mt 26.53 - Mc 5.9) - e a ‘coorte’ (Mt 27.27 - Mc 15.16 - Jo 18.3 a 12 - At 10.1 - 21.31 - 27.1). O comandante de uma coorte (Lat. tribunus, gr. chiliarck, isto é, comandante de 1000) é mencionado em João 18.12, e várias vezes em Atos 21 a 24. Neste último caso a coorte era a guarnição romana de Jerusalém, com o seu quartel no Forte Antônia, contíguo ao templo.

Além dessas coortes legionárias, havia também coortes de voluntários, servindo ao abrigo dos estandartes romanos. Uma destas chamava-se coorte italiana (At 10.1), porque era formada de voluntários da Itália. o quartel general das forças romanas, na Judéia, era Cesaréia. A ‘coorte imperial’ (ou ‘Augusta’), a que se faz referência em At 27.1, pode ter sido alguma das espalhadas pelas províncias, talvez a de Samaria, pois que a esta cidade tinha Herodes dado o nome de Sebasta (Lat. Augusta).

E pode também essa coorte ter derivado o seu nome de alguma honra especial, concedida pelo imperador a esse corpo do exército. Referências ao oficial ‘centurião’ acham-se em Mt 8.5 e 27. 54, e freqüentemente no livro dos Atos. Quatro soldados constituíam a ordinária guarda militar, e como esta havia quatro, correspondentes às quatro vigílias da noite, e que se rendiam de três em três horas (Jo 19.23 - At 12.4).

Quando uma guarda tinha a seu cuidado um prisioneiro, acontecia então que dois soldados vigiavam fora das portas da prisão, enquanto os outros dois estavam na parte de dentro (At 12.6). os arqueiros mencionados em Atos 23.23, parece terem sido tropas irregulares, que eram armados à ligeira.