O Livro de Esdras é um dos livros históricos do antigo testamento da Bíblia, vem depois de II Crônicas e antes de Livro de Neemias. Possui dez capítulos. Conta a história de repatriados, desde o retorno do exílio até o ano 400 AC tendo por foco a vida de Esdras, copista das Escrituras Hebraicas, a saída do retorno do exílio (cativeiro) de Babilônia. Duas grandes mensagens emergem de Esdras: a fidelidade de Deus e a infidelidade do homem. Deus havia prometido através do Profeta Jeremias (25.12) que o Cativeiro babilônico teria duração limitada. No momento apropriado, cumpriu fielmente a sua promessa e induziu o espírito do rei Ciro II a publicar um édito para o retorno dos exilados (1.1-4). Fielmente, concedeu a liderança a Zorobabel e Esdras, e os exilados são enviados com despojos, incluindo itens que haviam sido saqueados do templo de Salomão (1.5-10) Quando o povo desanimou por causa da zombaria dos inimigos, Deus fielmente levantou Ageu e Zacarias para encorajar o povo a completar a obra. O estímulo dos profetas trouxe resultados (5.1,2). Finalmente, quando o povo se desviou das verdades da sua palavra, Deus fielmente enviou um sacerdote dedicado que habilidosamente instruiu o povo na verdade, chamando-o à confissão de pecado e ao arrependimento dos seus caminhos perversos (caps. 9-10). A fidelidade de Deus é contrastada com a infidelidade do povo. Apesar do seu retorno e das promessas divinas, o povo se deixou influenciar pelos seus inimigos e desistiu temporariamente (4.24). Posteriormente, depois de completada a obra, de forma que pudesse adora a Deus em seu próprio templo (6.16.18), o povo se tornou desobediente aos mandamentos de Deus; desenvolve-se uma geração inteira cujas “iniqüidades se multiplicaram sobre as vossas cabeças” (9.6). Contudo, como foi dito acima, a fidelidade de Deus triunfa em cada situação.