O cântico de Débora Jz 5: 1 – 31
O cântico de Débora. Nesse estudo, temos o cântico de Deborá e Baraque. Não nos resta dúvida que Débora foi a única autora da música, assim como podemos ver no verbo singular contido em (Jz 5:3); mas sem dúvida Baraque juntou-se à antífona quando foi cantada, assim como Moisés, à frente dos guerreiros, e Miriã, à frente das mulheres, cantou a canção de Moisés, em Êxodo 15.
Esse grande cântico de Débora, composto e cantado em comemoração à vitória é cheio de fogo e paixão e é um índice notável do caráter da própria mulher. Pode ser dividido em duas partes principais. A canção de Débora é uma das maiores explosões de poesia apaixonada na Bíblia. Mesmo assim, algunas tentativas foram feitas para mostrar que não pode ter sido obra de Débora, mas deve pertencer a uma época posterior, porque contém certas formas que se afirma serem de ocorrência tardia.
Divisão sistemática do Cantico de Débora e Baraque
É agora, no entanto, geralmente admitido que estes podem ser usos provincianos ou coloquiais de grande antiguidade, embora eles só tenham encontrado seu caminho mais tarde no estilo escrito. O esplendor e a intensidade peculiares da paixão poética que respira na ode, a simplicidade arcaica de sua estrutura e o fato de se referir a muitas circunstâncias não preservadas na narrativa em prosa paralela, deixam pouca ou nenhuma dúvida quanto à sua perfeita genuinidade. Antes de vermos as duas divisões a grosso modo, deixo um esqueleto de todo o capitulo:
O PRELÚDIO ( Juízes 5:2-3 )
A GLORIOSA REDENÇÃO DE ISRAEL DE ANTIGO ( Juízes 5:4-5 )
A RECENTE DEGENERAÇAO DE ISRAEL ( Juízes 5:6-7 )
A CRISE DE LIBERTAÇÃO ( Juízes 5:8-11 )
NOVO PRELÚDIO ( Jz 5:12 )
A REUNIÃO E A BATALHA ( Juízes 5:13-22 )
A REUNIÃO DOS LEAIS ( Juízes 5:13-15 )
OS MALIGNERERS E OS BRAVOS ( Juízes 5:16-18 )
A VITÓRIA ( Juízes 5:19-22 )
AS QUESTÕES DA VITÓRIA ( Juízes 5:23-30 )
A CIDADE SEM FÉ ( Jz 5:23 )
O VINGADOR ( Jz 5:24-27 )
AS ESPERANÇAS FRUSTRADAS DA MÃE ( Juízes 5:28-30)
As duas partes do Cântico de Débora e Baraque
Agora voltando em se tratar das duas partes do cântico de Débora e Baraque, temos, primeiramente, os versos de um a onze são um grande canto de confiança, contando a história do segredo mais profundo das vitórias. Tudo é atribuído ao governo direto e à atividade de Deus. Nele ela reconheceu que os líderes foram levantados e as pessoas seguiram como resultado de Sua inspiração. Portanto, a canção proferiu Seu louvor. Seus feitos foram celebrados desde Seir até o dia em que Israel não tinha guerreiros. Ela cantou o louvor de Deus porque Ele havia governado os governadores e o povo.
A segunda parte da música celebra a vitória. No decorrer disso, ela desprezou aqueles que deixaram de responder ao chamado e de vir "em socorro de Jeová contra os poderosos" e falou em termos de aprovação daqueles que responderam.
Notamos que a canção de Débora e Baraque ganha força à medida que avança e celebra a vitória, e no meio da grande explosão amaldiçoa os neutros e abençoa a mulher que desferiu o golpe de morte no tirano Sísera.
Finalmente, a música se regozijou com a morte do tirano em uma linguagem que emociona com imagens e cores orientais. Tudo termina com o clamor: "Então, que todos os teus inimigos pereçam, ó Senhor"; e a oração: “Mas os que O amam sejam como o sol quando ele sai em sua força”. Após esta libertação, a terra descansou novamente por quarenta anos.